PODRIDÃO
ESPERANÇAS DO PASSADO
Ação retrógrada,
Nada me agrada,
Caio no abismo levado pela avalanche
Que a este enche.
Junto com as distrações e enganos
Não posso mais confiar em mim,
Meus sentidos humanos.
Caio fora do planeta, mas nunca serei sol
Mato a barata com veneno aerosol
Para que? Para que estou escrevendo isso?
Liberdade de transcrever sem nenhum compromisso.
Nem a ciência sabe tudo
Por que eu deveria saber?
Sou o fim desta cadeia carbônica
Sou um selvagem na era eletrônica
Uma imagem que se desvanece
Quando perco o controle e você aparece
Sua face me sorrindo, ainda estou pedindo
Ao fim do que tudo foi um dia
Sou eu percebendo meu corpo caindo
De tantos tremores que pela madrugada podia
Estar sendo o fim do que algo foi há tempos atrás
Todos os nossos sentimentos contrários
Por todas as nossas precipitações
Agora já não é mais tão envolvente
Para explicar tudo isso com poucas citações
Que se concluem para agir como um solvente
De todos estes meus pensamentos insensatos.
Humanos são piores que insetos.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Eu me desprezo quando ando pelas ruas
Eu me desprezo quando esqueço de você
Me desprezo quando não acredito
Me desprezo quando acredito demais
Eu me desprezo sem você
Eu me desprezo com tantas porcarias
Eu me desprezo quando perco tempo com besteiras
Me desprezo por ser inconsequente
Me desprezo quando escrevo
Mas penso
Me desprezo por não dar atenção às coisas simples
Me desprezo por ser insensatamente insensível
Eu me desprezo por não ter seu abraço
Eu me desprezo por não te dar valor
Eu me desprezo por não acreditar nas suas palavras
Eu me desprezo por que não tenho você.
Eu me desprezo, desprezando o Planeta.
Eu me desprezo, escrevendo sem caneta.