BOM DIA MINHA !!!

PODRIDÃO

PODRIDÃO
Apenas o que fingimos não ser.

ESPERANÇAS DO PASSADO

Ação retrógrada,

Nada me agrada,

Caio no abismo levado pela avalanche

Que a este enche.

Junto com as distrações e enganos

Não posso mais confiar em mim,

Meus sentidos humanos.

Caio fora do planeta, mas nunca serei sol

Mato a barata com veneno aerosol

Para que? Para que estou escrevendo isso?

Liberdade de transcrever sem nenhum compromisso.

Nem a ciência sabe tudo

Por que eu deveria saber?

Sou o fim desta cadeia carbônica

Sou um selvagem na era eletrônica

Uma imagem que se desvanece

Quando perco o controle e você aparece

Sua face me sorrindo, ainda estou pedindo

Ao fim do que tudo foi um dia

Sou eu percebendo meu corpo caindo

De tantos tremores que pela madrugada podia

Estar sendo o fim do que algo foi há tempos atrás

Todos os nossos sentimentos contrários

Por todas as nossas precipitações

Agora já não é mais tão envolvente

Para explicar tudo isso com poucas citações

Que se concluem para agir como um solvente

De todos estes meus pensamentos insensatos.

Humanos são piores que insetos.



sábado, 16 de outubro de 2010

ITAQUERA











SP – Itaquera


Frio coração paulistano.


Primeiro veio o amor, a dor eufórica da paixão.

Depois a dor da saudade, perdido na imensa cidade achei felicidade.

Agora a dor da perda, perda de algo que nunca tive.

A dor da solidão e o sentimento que ainda vive.

Suei a madrugada toda, sonhando com sua pessoa.

Na imensidão da vasta urbe, procurava seu rosto, algum sinal de você, algum rastro de sentimento.

O momento que antecede e a atitude de quem cede, pelo outro, por ele mesmo.

Suas ações são minhas emoções, memórias que guardo para o momento raro que aguardo ainda com você.

Uma nova visão em meus sonhos e a melhor visão na minha realidade.

Dias passam desapercebidos por entre nós. Atravessando a galáxia da insegurança.

Usei o insulfilme da alma.

Arruína-se em meio ao sujo pensamento.

Dias intransigentes.

Me atolo na minha própria armadilha individual, dois momentos consecutivos que me deram os motivos para sentir e querer, querer e querer.

A dinastia da mente, a doutrina que não consigo entender.

A sentença de vida e a sujeira moderna.

Suspenso pelos próprios impulsos, a vontade que me direciona para a disposição.

Espero que as novas possibilidades sejam otimamente aproveitadas.



terça-feira, 12 de outubro de 2010

SUBTERFÚGIO





PAULICÉIA DESVAIRADA


Para onde vou, encontrarei o que era

Para ser - O Mundo - (Perfeito e Ideal)

Eu me preparo e paro com tudo.

Sou o que restou daquilo que existia

Mas estou alegre pois haverá alegria

E quando voltar escreverei o que ocorreu

Neste instante minuto que se decorreu

Ao Fórum Mundial na grande Porto Alegre

Às margens do gaúcho rio Guaíba

Nos acampamentos da Juventude Internacional

A inconseqüência do consumismo e da miséria

Somos a humanidade moderna e um outro mundo

Está sendo quase impossível,

Na Era dos sonhos Via Satélite

Dos Big Brothers reais, da magia tecnológica

Quase na velocidade da luz,

Milhares de pessoas sem energia elétrica, sem alimentos,

Sem acesso a internet, sem assistência médica.

Medicina só para os ricos, cirurgias plásticas

Só faltam os transplantes de cérebro, poderei comprar um

Ou comprar um corpo novo na era da eletrônica

Uma mulher perfeita, linda e biônica.

Agora com 459 anos, a metrópole oferece tudo que a humanidade pode ter,

Desde a incrível TV de plasma até um super helicóptero

Que só vinte pessoas no mundo podem comprar,

Ter é poder, poder de consumir.



terça-feira, 7 de setembro de 2010

INDEPENDÊNCIA OU MORTE!








Em Ruínas


Ao Orgulho Enésimo de uma vida

Em seu estado mais hostil

Ganância devora

Um Crânio estoura

No bradar de uma espingarda

Sua vida devorada

Seu Crânio estourado

No cenário dourado

Do seu útimo Pôr-do-Sol.... O Desequilíbrio de quem se Equilibrou, porque cairia?

Ruínas em egos

Egos em Ruínas

Dias Intensos Desejos Imensos

Em Ruínas

Necessidades vitais

Sem pertencerem aos ancestrais

O fim de uma série de desgastes

O começo de uma sequência de contrastes

Sociais, intelectuais, vitais, culturais, o que mais?

Morrer faz parte da nossa Cultura

Nossa ignorância gera a clausura,

De viver cego no mundo colorido,

De sentir seu ego corrompido,

E de existir nesse mundo sem sentido.


domingo, 5 de setembro de 2010

METAS E METAMORFOSES






Sucatas do Século Vinte


São os dias passados e esquecidos

Os meus esforços reconhecidos

Ao menos isso.

São poemas esquecidos e livros interminados.

Textos e poesias que jamais serão lidos.

Escrevo somente por escrever, já que ninguém vai ler.

São palavras falsas, as ladainhas de um falso pastor,

Os muros e as grades da religião e o mundo não pára de girar.

As pessoas não param de se matar, o homem que a tudo Vê.

A TV.

Enquanto cresci em meio aos jogos dos vídeo games japoneses.

Acompanhei a evolução da tecnologia, a magia da modernidade. Se tivesse nascido no sertão do Sergipe, não teria nada disso, acúmulo sucatas do século vinte e a parafernália tecnológica obsoleta e sem valor, sem uso e sem satisfação.

Tenho diversos produtos que vieram comigo do século XX, para os moderninhos com suas novidades ultra-modernas, são apenas sucatas, mas para mim são fragmentos da história e prova da idiotice coletiva. O lixo dele tem serventia para mim.

O lixo do século passado, sou um ser ultrapassado, retrógrado e sem noção. Me julgam e me subestimam, mas as coisas sempre são assim. Todos sofrem com a irracionalidade humana, mesmo os seres mais escondidos e inacessíveis. A natureza humana é contra a Natureza real já que o homem pode viver solitário, mas não pode suprir sozinho suas necessidades, como respirar, se alimentar e produzir água.

Não sou eu, somos todos nós, estamos todos errados, um afetando o outro, nossos mortos preocupados com nossos vivos, que se preocupam com outros vivos. Se não consigo me manter sóbrio, ou normal, tenho que ficar dopado, tenho que ficar são.

Tenho que ser magro, estou muito gordo. As coisas nem sempre são como a gente quer, e muitas vezes temos que nos conformar e nos acostumar com elas. É sempre assim, um dia é bom outro dia é ruim. =]

Meu sorriso, preciso, indeciso e conciso.

Paradoxal, triexifinidil.

Era um olhar sobre um outro olhar, uma visão inesperada e imprecisa. Era uma tarde de inverno com um Sol canadense, um dia de sol e frio. A cidade com clima europeu, um dia com o meu clima temperamental, um trago e um estrago em plenas três da tarde.

É uma merda catastrófica toda esta história da tecnologia do entretenimento do final do século vinte e toda essa parafernália obsoleta que restou como sucata de um século que produziu tantas invenções mirabolantes, a arte perdeu para a tecnologia, a tecnologia virou arte, e todas as artes aderiram à tecnologia, orgia literária, confusões musicais, áudio visuais.

Mas eles não me deixam em paz,

Que merda na vida se faz.

Do que o ser humano é capaz.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Final dia.








Brasileiros


Temo pelo futuro dentro de um quarto escuro com medo de uma catástrofe nuclear. Sou muito louco para ser eu mesmo. Sou uma espécie de senso de humor mal constituído e as preces das pessoas clamam e apelam pelos santos que nos deixam solitários em meio à toda esta confusão terrena, e agora em algum lugar se rezam uma novena para acalmar os corações que sofreram terríveis perdas. A saudade é um sentimento que nos assola e tudo não passa de cópias de fatos criados pela nossa mente. Quem mente e quem diz a verdade, o que acontece de bom nesta cidade?


Está na natureza, o que não tem certeza, o que não tem conserto e o que não tem tamanho, estranho, sentidos e mal entendidos, o que não faz sentido.

O que será, o que será??

O que o Brasil será??

O que não tem governo, o que não tem vergonha, o que não tem juízo.

Brasil o país do povo indeciso.

O aviso que não evita, um vídeo que não se edita, uma mentira que nunca será dita.

Que bom é ser brasileiro, com certeza esta festa um dia terá desfecho,

Como é ser um bom pistoleiro perdido no meio deste trecho.





Acontecimentos...







Eu Acredito em Milagres (Ramones)



Eu costumava estar numa busca sem fim
Acredito em milagres, pois eu sou único
Eu fui abençoado com o poder de sobreviver
E, após todos esses anos, eu ainda estou vivo

Estou longe daqui, detonando com minha banda
Não sou mais um cara solitário
A cada dia que passa, meu tempo diminui
Vivi como um tolo, era isso que eu era

E eu acredito em milagres
E eu acredito num mundo melhor, pra mim e pra você
Eu acredito em milagres
Eu acredito em um mundo melhor para mim e para você.

Tatuei seu nome em meu braço
Eu sempre disse que minha garota é um sinal de boa sorte
Se ela pode arrumar um motivo para perdoar
Então eu posso arrumar um motivo pra viver

Eu fecho meus olhos e penso em como as coisas podem ser
O futuro é aqui, hoje
Não é tarde demais
Ainda não é tarde demais, yeah!
Tudo certo!!





domingo, 15 de agosto de 2010

ESCRITA VIRTUAL








Ruídos

Uma canção de Bossa-nova, um velho samba de mesa.

Um dia ensolarado inaproveitado.

Vontade de voltar atrás. Sonhos irrealizáveis, desejos incontroláveis.

Meus dias se vão sem direção, mas vou até o fim.

Cada dia que passa não sei o que acontece.

Tento me conhecer, mas cada vez me conheço menos.

Estou deixando de ser eu, não me tornarei ninguém.

Não quero ser parecido comigo mesmo, nem quero me parecer com todo mundo.

Sou meu próprio guia, meu próprio cabeleireiro.

Sou meu próprio professor, meu próprio cozinheiro, sou tudo e não sou nada.

Sou um cão de caça fugindo em disparada.

Dia de novembro, muita música e nada estou lendo.

Nem me lembro, se era vinte e cinco de novembro ou quinze de dezembro.

As coisas aconteciam ao acaso, tragédias repetidas e acidentes de trânsito, nas estradas.

Fatos inusitados e meus dias prolongados para a minha própria eternidade,

Com liberdade excessiva não se vive, a liberdade é relativa.

A mente é a liberdade do espírito.

O espírito livre de mente aberta.

A liberdade de ser, a liberdade de viver,

Todas essas vidas e a liberdade de escrever.



quarta-feira, 4 de agosto de 2010

PRESENTE!!






Horas...

Poderia ser somente mais uma história, mas são fatos verdadeiros e curiosos, as variações das tragédias são tantas que parece ser um filme. O pior de tudo é que a realidade imita a ficção. Fixação por centenas de explosões, de tiros e quedas, de mortes e guerras, de vidas que se vão sem saber pra onde. A verdade a todos ele esconde, o grande irmão e seu olho de vidro de 8.00 mm (milímetros), sem refresco, quem desconfia ele manda matar. Nada é nosso, nem aquilo que passou pelas nossas mãos e os nossos pulmões. Enfim escrevo algo assim, que descreva a sutileza das formas em que a vida e a morte tomam em determinados momentos, a sintonia das teclas anunciam as letras que aparecem nessa tela que registra o que estou pensando, escrevo à esmo, como um barco sem identificação na imensidão desse oceano de emoção. Morte e vida, emoção e perigo.

Morrer é fácil, viver é perigoso.

Viva a Natureza, que renasce para que a vida domine. Predomine.

Parabéns, aos seres harmoniosos do mundo todo, hoje e sempre.

Boa Noite para todos que sonham com um mundo melhor, mas sabem que é muito distante da realidade.

E para que tudo se modifique escrevo estas palavras na verdade.

Não sei se já paguei ou vou pagar pelos meus pecados.

Cada um vai pagar pelos seus.



TELAS...





Imagens


São coisas que nem consigo pensar, tudo para melhorar

Nunca vai melhorar, se não melhorar

Morrendo como as flores no inverno.

O acaso se faz imperfeito e o destino se antecede ao inverso.

Meu caso de vida é a morte, adoro escrever sobre ela, adoro sentí-la em meu coração.

O último verso e fez-se um universo escrito.

Descrito, palavras que narram a realidade, a fatalidade e o medo de existir nas ruas. Os facões mutilaram os índios, açoitaram os negros e devastaram a floresta. Os braços armados seriam os prenúncios na tal Revolução Industrial, com suas máquinas ferrou o mundo e o tornou quase inabitável, superlotado e poluído. E veio a dona morte e a derrubou.

Sabem de uma coisa? Lógico que não.

Vocês não sabem nada.

Nem sempre é uma bala. Um facão ou um trator.

Pode ser uma ponte, um pau, uma pedra.

A água, a terra, o muro, o poste.

A morte vem que vem. A vida vem que vem, mas parece que a morte está mais a milhão. E se ela não vem de fora, ela vem de dentro.

A morte sempre aparecendo. Escrevo, esqueço e não aconteço.

O que eu ia escrever não tem nada a ver com isso.

Esqueço tudo mas uma hora eu lembro, nem que seja em novembro.

A rua me suja, a rua me insulta, a rua transpira entre toda a sujeira a sutileza daquela linda dama, maravilhosa, a melhor. Eu a quero para mim, mas nem sei quem ela é. Outra hora a verei. O mundo, na verdade, o bairro. O bairro é imprevisível, meu bairro, meu mundo, meu mundinho, lastimável. Meu passatempo é a tela e o teclado, o poltronão onde estou sentado, engordando a cada dia.

Meu gene de um ancestral europeu vagabundo, que viveu às custas de uma micro economia falida. Dependente do estado e do governo, das capitanias, da exploração dos povos e dos meios de produção e lucro. Enriquecimento ilícito, como o tráfico de drogas, as iguarias e as riquezas da mata, os animais e os nativos. Quais os motivos para fazerem tudo isso? Aumentar o império de uma meia dúzia de bundas moles, apoiados por um povo cretino, enganado com sua falsa pose, a posse e a religião. Impostos criados para mantê-los vivos e quietos. Você paga para ficar quieto. Para não morrer e mesmo assim é morto. Por isso não pago porra nenhuma e pago muito caro. Pago para me ferrar. Tem gente que paga para vacilar. O mundo todo está se ferrando, a ponte está caindo, a polícia vem berrando, atirando e rindo, arma nova, vários chumbos desferindo.


terça-feira, 27 de julho de 2010

FRAGMENTO.

Já é noite e esta começa com um belo pôr-do-sol, o som das buzinas dos carros nos congestionamentos, depois de uma chuva rápida de inverno, que parecia verão.

Tenho três minutos para escrever e escrevo com senso de humor, sem vontade de rir, humor negro, humor fatal, humor tragicômico. O crime se espalha e se desfaz, o crime não pára de acontecer assim como os assassinatos e acidentes, dementes, humanos que não usam suas mentes, e se usam, é somente para o mal.

Os três minutos se passaram e novas coisas surgiram, bebês nasceram, pessoas morreram e muitos correram para não perder a condução.

Quinze minutos se passaram e tudo isso continuou acontecendo cada vez mais, mais e mais...

Não quero escrever mais.

Até mais.



Dois anos no passado - dois anos no futuro - 2




São Paulo, 27 de julho de 2008.


As coisas estão bem e estou numa fase de reconciliação.

Hoje de manhã caminhei na praia e passeei pelas trilhas de asfalto que cortam o que ainda resta da mata atlântica paulista. Vi a avenida paulista e lembro do trânsito das seis da tarde no sentido Consolação. Me perdi na Consolação e fui parar na Augusta, desci e avistei a biblioteca Mário de Andrade. Conheci a cidade e suas ruas, suas esquinas e seus nomes que de desconhecidos são muito populares. Tudo estava em seu respectivo lugar. Cada lâmpada do Teatro Municipal, a tarde e o viaduto principal, a noite e o metrô lotado, eu estava anotado, e as cenas se desbotavam em cores que eu não tinha nunca visto. Cores estelares.

Dias ensolarados e o atlântico compondo a sinfonia das ondas e ondas de rádio e TV na noite. Uma manhã de sol e corpos na areia, sereias de todas as idades, as cidades litorâneas são as melhores, sou diferente, fora de padrões e entendo que posso mudar, quero mudar e tenho que agir para mudar.

Os lances mais diversos acontecem e as coisas são prazerosas, mas as rosas têm espinho e a rosa negra me habita o pensamento, um sentimento de desejo e vontade de amar e viver.

Sem espinhos a rosa se torna um pouco fraca.

Sem pétalas vai perdendo a beleza e aos poucos murcha e morre.

Sem água, sem ar, numa redoma de vidro, hermeticamente fechada.

As rosas devem ter seu tempo, ficam nos jardins, florescem na primavera, se recobram no verão, não germinam no inverno e vão definhando no outono, secando.

Flores são flores e árvores, as árvores somos nós.

O mar, e uma deusa, se tirar um e, um i e um l, fica deusa, a natureza e as cenas naturais do mundo.

Contundo e afundo os pés na areia, meus dias ensolarados na paisagem litorânea.

E os dias se tornam meus momentos em lembranças que quando surgem me fazem sorrir.

Escrevo pouco por que dormi demais e a gata está me confrontando, parei de escrever.


sábado, 24 de julho de 2010

REESCRITO.





Momentos raros...


Os dias que nos obrigam à consumir

Aos dias que não queremos mais dormir

E ficamos acordados para sempre

Já fiquei cinco dias sem dormir

Numa sentença insana e lúcida

Parecia que uma hora acabaria a vida

As coisas passavam como alucinação, assim posso resumir

É muito estranho, tão estranho como quando se dorme demais

Parece que nunca mais iria acordar, mas eu nem sabia que estava dormindo

O pesadelo, estava deficiente.

Aos deficientes físicos e mentais

De todo o mundo

Aos feios e estranhos, pessoas misturadas

Das nossas origens miscigenadas

E tão humildes

Lembro quando ela dançava no quintal

Passei por ali, lembrei do perfume dela e lembrei como era antes.

Os dias eram claros, com raios de sol enfeitando nosso caminho

Um carinho e a mão dela passeando

Fugi dali, era um sonho muito perfeito.

E o pesadelo que veio na seqüência me fez chorar

E como um rio, fez-se o leito

E uma corrente de lágrimas que não queria parar

Por sorte acordei e não estranhei

Todo aquele suor

Poderia ter sido pior

Mas a destruição foi total

Terremotos e tsunamis, furacões, tempestades e vulcões

Congestionamentos, questionamentos e muitos aborrecimentos

Conseqüências da modernidade sem limites

As tendências que impõem estas elites

Suas modas, suas vidas, suas roupas, suas vidas vestidas

Com trajes impróprios para pobres

Com os gestos e os gostos mais nobres

Fazem caridade

Fazem a maldade

Praticam esportes e falam das mortes

Que eles mesmos praticaram

Assassinos de índole perversa

Assassinos por acidente

Assassinos pelo ocidente

Desde a tenebrosa colonização

A colonização das elites européias

Nada disso, era uma necessidade de auto-afirmação

Era da modernidade por pura determinação

Da elite que governa e domina a crise interna

Da América Latina do Sul

E do Norte

Desejo sorte, já que um simples desejo gera morte

A colonização foi forte e dizimou culturas

Dissipou as origens, destruiu as virgens

Matas, índias, visões, intenções

Criou novas raças,

Acabou com as caças

Determinou uma nova maneira de viver

Os ensinou a escrever, suas línguas

Escravizou os sentimentos nativos

E os que manteve vivos

Deixou com muitas mágoas

Voraz usurpação das terras de América

Maldito Américo Vespúcio.

Aquele porco do Cristóvão Colombo, seu ovo e seu pombo

E aquela bichona do Álvares Cabral.

Começaram toda esta merda que está em fase de destruição total.

Mas também são responsáveis pela minha existência e minha lembrança

De quando ficava olhando, enquanto ela dançava no quintal.



domingo, 18 de julho de 2010

Andanças...

Sou um eterno domingo.

Um mendigo, andarilho, fora do trilho, um pródigo filho.

Mas sou um humano, com poucos sentimentos, oxidando com o tempo.

Entorpecido e mutagênico com produtos químicos industrializados, os males dos séculos vigésimos.

Caíram por terra teorias idiotas sobre tudo. O universo desconhecido, assim como Deus.

O desconhecido na sarjeta, o Deus indivíduo, o indivíduo endividado.

Não sei nada, ainda bem, e o pouco que sei já me fode, me acode, só pagode nessas ruas suburbanas. Um ritmo cretino importado dos EUA e trazido do Rio de Janeiro, as ruas sugerem o fim das nossas mais medíocres ações. Ou a sua totalidade. Tenho a gata entre os braços e digito com quatro dedos na metade da vigésima segunda hora no vigésimo primeiro século da era moderna encerro este escrito na cidade e faço deste emaranhado de letras uma incrível baderna.

terça-feira, 13 de julho de 2010

VAZIO

NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA

terça-feira, 6 de julho de 2010

MISTURAS!

Predestinados

Uma hora tudo acaba, como a luz de uma lâmpada,
Como a hora que passa, a hora e o som não existem.
Tempo, som. O Universo veio do som. A palavra é o som.
Antes dita e depois escrita, ao menos pensada;
Uma semana após outra semana, as semanas não existem, assim como os dias.
Nossas mentes são nossas almas.
Mente boa, alma boa.
O corpo nem sempre é tão bom quanto a alma, pois como disse o poeta:
Tudo vale a pena se a alma não for pequena.
O fato é que tudo isso vai ter um fim.
Como a água da cisterna e o café do pote;
Se tem uma coisa que não faz parte da minha vida exatamente é o café.
As coisas que queria escrever se foram. Perdidas no vasto Universo da minha mente,
O universo é finito.
As coisas se convertem em fatos.
São como violinos desafinados e resquícios de som.
A voz, a primeira voz, a primeira palavra.
A primeira pessoa, a primeira mulher, a primeira foda do mundo.
O primeiro orgasmo do mundo, a primeira dose de whisky, o fim das vidas, o fim da garrafa.
O último ser humano, a primeira refeição do mundo.
O primeiro a comer com garfo, a dormir na cama.
O primeiro a ser enterrado, o primeiro a ser criado.
O primeiro raio do mundo, A PRIMEIRA ESTRELA DO UNIVERSO.


domingo, 4 de julho de 2010

PRESENÇA!!!







Agora o que acontecer vai ser para melhorar.


São noites alucinantes sem fim

São dias brilhantes enfim,

Sol que esquenta e a Lua que agüenta

Estrelas em plena luz do dia,

Sol da meia-noite que no alto ardia

Assustadoramente, um Eclipse de diversos planetas

Estrelas e cometas,

A universalização de centenas de galáxias,

O que será de nós, reles humanos?

Como podemos suprir nossos egos insanos,

Nossos instintos profanos?

Somos a conseqüência de toda aquela merda de revolução industrial,

As crias de uma invasão e colonização desordenadas,

Perdemos nossos rumos e coordenadas, vagando a esmo nesse oceano

De loucuras e paixões desenfreadas...

Somos um ônibus lotado sem freio descendo um precipício,

Os últimos que restaram lutando desde o início.



EXISTÊNCIAS...




O inevitável e o infalível, o impossível e o infinito.

O dia do fim do infinito, o infinito revelado, os números de todas as estrelas infinitas no infinito do Universo, reverso, inverso e imerso, em todas essas teorias de filosofias vãs.

Sou o algoz dos egos, a dês-expectativa do ser, vou abalar todas as suas convicções, destruir todas as suas convicções. As substituições de suas idiotices por outras piores, estas merdas modernas que alienam e massificam, pelo menos metade do mundo está conectada, mas poucos se comunicam, no mundo que não para de girar, girando rápido demais, com tanta merda acontecendo. Quero que nunca mais acabe a noite, quero que o dia nunca mais termine, que o Sol não se ponha e não apareça mais. Quero que seja sempre dia. Quero que seja sempre noite, quero poder deixar como eu quiser. Trevas, claridade, luz total, escuridão. A minha vontade é a vontade dos dominantes da humanidade, capitalistas inescrupulosos que querem, destruir o planeta para dominar outros, destruirão os outros e destruirão o universo.



sexta-feira, 2 de julho de 2010

PRINCÍPIOS...





BUSCAS


Algo ameaçador

Ao atento caçador

Que passa anos atrás das presas

Muitas delas tão indefesas

E nas trilhas da imensa floresta

Sabe o que ainda lhe resta

Algo entre a fome e a dor

Quando não se tem mais nada sobre as mesas

E quando a vida não mostra mais nada que presta

Há uma esperança

Uma livre lembrança

Que traz a simples vontade de mudar

Com algumas propostas à estudar

Tudo muda se você muda

E na verdade tudo é mais fácil quando se estuda

Sem nenhuma cobrança

Sem nenhuma coisa para se grudar

E para tudo, que Deus nos acuda.



PODERES...






AGNÓSTICO

O conhecimento e o consentimento
Obstáculo e o espetáculo
Nessa fase da vida me sinto um elemento
Sem contribuir para o cálculo do lucro
O lucro nos favorece, oferece
Tento fugir de mim
Tento não estragar o jardim
Faço assim pouco afim
O século vinte resiste e existe ainda em poucos lugares
Os luares do fim do século, veranico de maio
Aquela queda não estava no meu percurso
Eu vacilo, eu caio
O começo do começo das minhas primeiras décadas
Vinte e três de maio, um novo ensaio
Ordem e Progresso no Brasil
Assim fica fácil
Robotizando a mente
Robóticamente, mal do século
Resquícios dos séculos dezoito e dezenove
Os frutos de uma máquina enorme
Homem-máquina, gritos das fábricas
Enormes uniformes
Prisão domiciliar
O quase tão idolatrado dinheiro
Necessário, me tornarei Gregor Samsa
Revolução de indústrias assassinas
Revolução industrial do Mal
Morte provocada do Planeta
Estamos matando tudo, mataremos-nos
À nós mesmos acaba sendo normal
Olham por empáfia e paura
Que loucura, a história do mundo
Eu existo há seis milhões de anos
Humanos seres profanos
Religião para se auto-castigar
Devo continuar agora a escrever o outro livro.


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Amor Simples.





Querida!!!


Pelas ruas andava à sorte,

A encontrei bela e perfumada.

Acho que merecia a morte, mas sei que todos vão morrer.

Sempre se espera, ela vem na hora que menos se espera.

A vida se faz e se resume em uma era, uma fera e a esfera.

Sentia imenso desejo, ansejo, almejo e alvejo.

Desde que surgi, vinte e nove anos se passam.

Meu aniversário, um feriado e o dia mais esperado.

O dia que ela vem, elas vêm, o dia que serei venerado.

Só me falta isto. Pensamento inexisto.

Dia após dia espero, coopero, prospero.

Espero, esperar faz bem

Sempre se espera, tudo acontece quando se menos espera.

A esfera da vida a condição de vida da nossa era.

Era moderna.

Vou ganhar mais um real, uma bola e um pouco de cereal.

Semana insana, me traga sorte nos próximos anos

E me afaste dos pensamentos insanos.

Vontade dela, saudade dela,

Saudade de vontade dela.

Linda. Linda.



Guerras Humanas.






Século XX


Sou do Século vinte

Um ser anti-social

E nesta fila sou o seguinte

Sou um idiota

Querendo ser Patriota

Filho de uma nação sem escrúpulo

Com a mistura e indiferenciação

Quem se der melhor será melhor,

Não importa quem, importa a criação.

A democracia liberta e prende

A liberdade é para quem a entende

E a nossa está fadada à clausura,

Eles pulverizaram nossa cultura

Escrevo para não me matar,

Aquela mulher vai libertar

Com todo o feminismo

Meus desejos e o mecanismo

Que me faz enlouquecer

Insensatez desprotegida de erros

O que nos governa e nos leva aos enterros

Dos nossos próprios corpos

Temo morrer e não poder ter feito o que quero

Pelo menos posso escrever o pouco que vi do final do século

O século da maldade e da informática, da televisão e do caos nuclear

Por sorte não fomos destruídos na metade dos cem anos mais cruciais na história humana moderna.

Tenho que fazer algo, não posso ser menos importante que uma bunda.

Uma simples palavra. Será que somos tão simples como as palavras?