Ruídos
Uma canção de Bossa-nova, um velho samba de mesa.
Um dia ensolarado inaproveitado.
Vontade de voltar atrás. Sonhos irrealizáveis, desejos incontroláveis.
Meus dias se vão sem direção, mas vou até o fim.
Cada dia que passa não sei o que acontece.
Tento me conhecer, mas cada vez me conheço menos.
Estou deixando de ser eu, não me tornarei ninguém.
Não quero ser parecido comigo mesmo, nem quero me parecer com todo mundo.
Sou meu próprio guia, meu próprio cabeleireiro.
Sou meu próprio professor, meu próprio cozinheiro, sou tudo e não sou nada.
Sou um cão de caça fugindo em disparada.
Dia de novembro, muita música e nada estou lendo.
Nem me lembro, se era vinte e cinco de novembro ou quinze de dezembro.
As coisas aconteciam ao acaso, tragédias repetidas e acidentes de trânsito, nas estradas.
Fatos inusitados e meus dias prolongados para a minha própria eternidade,
Com liberdade excessiva não se vive, a liberdade é relativa.
A mente é a liberdade do espírito.
O espírito livre de mente aberta.
A liberdade de ser, a liberdade de viver,
Todas essas vidas e a liberdade de escrever.
"Não quero ser parecido comigo mesmo, nem quero me parecer com todo mundo."
ResponderExcluirAmei este verso!!!