BOM DIA MINHA !!!

PODRIDÃO

PODRIDÃO
Apenas o que fingimos não ser.

ESPERANÇAS DO PASSADO

Ação retrógrada,

Nada me agrada,

Caio no abismo levado pela avalanche

Que a este enche.

Junto com as distrações e enganos

Não posso mais confiar em mim,

Meus sentidos humanos.

Caio fora do planeta, mas nunca serei sol

Mato a barata com veneno aerosol

Para que? Para que estou escrevendo isso?

Liberdade de transcrever sem nenhum compromisso.

Nem a ciência sabe tudo

Por que eu deveria saber?

Sou o fim desta cadeia carbônica

Sou um selvagem na era eletrônica

Uma imagem que se desvanece

Quando perco o controle e você aparece

Sua face me sorrindo, ainda estou pedindo

Ao fim do que tudo foi um dia

Sou eu percebendo meu corpo caindo

De tantos tremores que pela madrugada podia

Estar sendo o fim do que algo foi há tempos atrás

Todos os nossos sentimentos contrários

Por todas as nossas precipitações

Agora já não é mais tão envolvente

Para explicar tudo isso com poucas citações

Que se concluem para agir como um solvente

De todos estes meus pensamentos insensatos.

Humanos são piores que insetos.



terça-feira, 27 de julho de 2010

FRAGMENTO.

Já é noite e esta começa com um belo pôr-do-sol, o som das buzinas dos carros nos congestionamentos, depois de uma chuva rápida de inverno, que parecia verão.

Tenho três minutos para escrever e escrevo com senso de humor, sem vontade de rir, humor negro, humor fatal, humor tragicômico. O crime se espalha e se desfaz, o crime não pára de acontecer assim como os assassinatos e acidentes, dementes, humanos que não usam suas mentes, e se usam, é somente para o mal.

Os três minutos se passaram e novas coisas surgiram, bebês nasceram, pessoas morreram e muitos correram para não perder a condução.

Quinze minutos se passaram e tudo isso continuou acontecendo cada vez mais, mais e mais...

Não quero escrever mais.

Até mais.



Dois anos no passado - dois anos no futuro - 2




São Paulo, 27 de julho de 2008.


As coisas estão bem e estou numa fase de reconciliação.

Hoje de manhã caminhei na praia e passeei pelas trilhas de asfalto que cortam o que ainda resta da mata atlântica paulista. Vi a avenida paulista e lembro do trânsito das seis da tarde no sentido Consolação. Me perdi na Consolação e fui parar na Augusta, desci e avistei a biblioteca Mário de Andrade. Conheci a cidade e suas ruas, suas esquinas e seus nomes que de desconhecidos são muito populares. Tudo estava em seu respectivo lugar. Cada lâmpada do Teatro Municipal, a tarde e o viaduto principal, a noite e o metrô lotado, eu estava anotado, e as cenas se desbotavam em cores que eu não tinha nunca visto. Cores estelares.

Dias ensolarados e o atlântico compondo a sinfonia das ondas e ondas de rádio e TV na noite. Uma manhã de sol e corpos na areia, sereias de todas as idades, as cidades litorâneas são as melhores, sou diferente, fora de padrões e entendo que posso mudar, quero mudar e tenho que agir para mudar.

Os lances mais diversos acontecem e as coisas são prazerosas, mas as rosas têm espinho e a rosa negra me habita o pensamento, um sentimento de desejo e vontade de amar e viver.

Sem espinhos a rosa se torna um pouco fraca.

Sem pétalas vai perdendo a beleza e aos poucos murcha e morre.

Sem água, sem ar, numa redoma de vidro, hermeticamente fechada.

As rosas devem ter seu tempo, ficam nos jardins, florescem na primavera, se recobram no verão, não germinam no inverno e vão definhando no outono, secando.

Flores são flores e árvores, as árvores somos nós.

O mar, e uma deusa, se tirar um e, um i e um l, fica deusa, a natureza e as cenas naturais do mundo.

Contundo e afundo os pés na areia, meus dias ensolarados na paisagem litorânea.

E os dias se tornam meus momentos em lembranças que quando surgem me fazem sorrir.

Escrevo pouco por que dormi demais e a gata está me confrontando, parei de escrever.


sábado, 24 de julho de 2010

REESCRITO.





Momentos raros...


Os dias que nos obrigam à consumir

Aos dias que não queremos mais dormir

E ficamos acordados para sempre

Já fiquei cinco dias sem dormir

Numa sentença insana e lúcida

Parecia que uma hora acabaria a vida

As coisas passavam como alucinação, assim posso resumir

É muito estranho, tão estranho como quando se dorme demais

Parece que nunca mais iria acordar, mas eu nem sabia que estava dormindo

O pesadelo, estava deficiente.

Aos deficientes físicos e mentais

De todo o mundo

Aos feios e estranhos, pessoas misturadas

Das nossas origens miscigenadas

E tão humildes

Lembro quando ela dançava no quintal

Passei por ali, lembrei do perfume dela e lembrei como era antes.

Os dias eram claros, com raios de sol enfeitando nosso caminho

Um carinho e a mão dela passeando

Fugi dali, era um sonho muito perfeito.

E o pesadelo que veio na seqüência me fez chorar

E como um rio, fez-se o leito

E uma corrente de lágrimas que não queria parar

Por sorte acordei e não estranhei

Todo aquele suor

Poderia ter sido pior

Mas a destruição foi total

Terremotos e tsunamis, furacões, tempestades e vulcões

Congestionamentos, questionamentos e muitos aborrecimentos

Conseqüências da modernidade sem limites

As tendências que impõem estas elites

Suas modas, suas vidas, suas roupas, suas vidas vestidas

Com trajes impróprios para pobres

Com os gestos e os gostos mais nobres

Fazem caridade

Fazem a maldade

Praticam esportes e falam das mortes

Que eles mesmos praticaram

Assassinos de índole perversa

Assassinos por acidente

Assassinos pelo ocidente

Desde a tenebrosa colonização

A colonização das elites européias

Nada disso, era uma necessidade de auto-afirmação

Era da modernidade por pura determinação

Da elite que governa e domina a crise interna

Da América Latina do Sul

E do Norte

Desejo sorte, já que um simples desejo gera morte

A colonização foi forte e dizimou culturas

Dissipou as origens, destruiu as virgens

Matas, índias, visões, intenções

Criou novas raças,

Acabou com as caças

Determinou uma nova maneira de viver

Os ensinou a escrever, suas línguas

Escravizou os sentimentos nativos

E os que manteve vivos

Deixou com muitas mágoas

Voraz usurpação das terras de América

Maldito Américo Vespúcio.

Aquele porco do Cristóvão Colombo, seu ovo e seu pombo

E aquela bichona do Álvares Cabral.

Começaram toda esta merda que está em fase de destruição total.

Mas também são responsáveis pela minha existência e minha lembrança

De quando ficava olhando, enquanto ela dançava no quintal.



domingo, 18 de julho de 2010

Andanças...

Sou um eterno domingo.

Um mendigo, andarilho, fora do trilho, um pródigo filho.

Mas sou um humano, com poucos sentimentos, oxidando com o tempo.

Entorpecido e mutagênico com produtos químicos industrializados, os males dos séculos vigésimos.

Caíram por terra teorias idiotas sobre tudo. O universo desconhecido, assim como Deus.

O desconhecido na sarjeta, o Deus indivíduo, o indivíduo endividado.

Não sei nada, ainda bem, e o pouco que sei já me fode, me acode, só pagode nessas ruas suburbanas. Um ritmo cretino importado dos EUA e trazido do Rio de Janeiro, as ruas sugerem o fim das nossas mais medíocres ações. Ou a sua totalidade. Tenho a gata entre os braços e digito com quatro dedos na metade da vigésima segunda hora no vigésimo primeiro século da era moderna encerro este escrito na cidade e faço deste emaranhado de letras uma incrível baderna.

terça-feira, 13 de julho de 2010

VAZIO

NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA NADA

terça-feira, 6 de julho de 2010

MISTURAS!

Predestinados

Uma hora tudo acaba, como a luz de uma lâmpada,
Como a hora que passa, a hora e o som não existem.
Tempo, som. O Universo veio do som. A palavra é o som.
Antes dita e depois escrita, ao menos pensada;
Uma semana após outra semana, as semanas não existem, assim como os dias.
Nossas mentes são nossas almas.
Mente boa, alma boa.
O corpo nem sempre é tão bom quanto a alma, pois como disse o poeta:
Tudo vale a pena se a alma não for pequena.
O fato é que tudo isso vai ter um fim.
Como a água da cisterna e o café do pote;
Se tem uma coisa que não faz parte da minha vida exatamente é o café.
As coisas que queria escrever se foram. Perdidas no vasto Universo da minha mente,
O universo é finito.
As coisas se convertem em fatos.
São como violinos desafinados e resquícios de som.
A voz, a primeira voz, a primeira palavra.
A primeira pessoa, a primeira mulher, a primeira foda do mundo.
O primeiro orgasmo do mundo, a primeira dose de whisky, o fim das vidas, o fim da garrafa.
O último ser humano, a primeira refeição do mundo.
O primeiro a comer com garfo, a dormir na cama.
O primeiro a ser enterrado, o primeiro a ser criado.
O primeiro raio do mundo, A PRIMEIRA ESTRELA DO UNIVERSO.


domingo, 4 de julho de 2010

PRESENÇA!!!







Agora o que acontecer vai ser para melhorar.


São noites alucinantes sem fim

São dias brilhantes enfim,

Sol que esquenta e a Lua que agüenta

Estrelas em plena luz do dia,

Sol da meia-noite que no alto ardia

Assustadoramente, um Eclipse de diversos planetas

Estrelas e cometas,

A universalização de centenas de galáxias,

O que será de nós, reles humanos?

Como podemos suprir nossos egos insanos,

Nossos instintos profanos?

Somos a conseqüência de toda aquela merda de revolução industrial,

As crias de uma invasão e colonização desordenadas,

Perdemos nossos rumos e coordenadas, vagando a esmo nesse oceano

De loucuras e paixões desenfreadas...

Somos um ônibus lotado sem freio descendo um precipício,

Os últimos que restaram lutando desde o início.



EXISTÊNCIAS...




O inevitável e o infalível, o impossível e o infinito.

O dia do fim do infinito, o infinito revelado, os números de todas as estrelas infinitas no infinito do Universo, reverso, inverso e imerso, em todas essas teorias de filosofias vãs.

Sou o algoz dos egos, a dês-expectativa do ser, vou abalar todas as suas convicções, destruir todas as suas convicções. As substituições de suas idiotices por outras piores, estas merdas modernas que alienam e massificam, pelo menos metade do mundo está conectada, mas poucos se comunicam, no mundo que não para de girar, girando rápido demais, com tanta merda acontecendo. Quero que nunca mais acabe a noite, quero que o dia nunca mais termine, que o Sol não se ponha e não apareça mais. Quero que seja sempre dia. Quero que seja sempre noite, quero poder deixar como eu quiser. Trevas, claridade, luz total, escuridão. A minha vontade é a vontade dos dominantes da humanidade, capitalistas inescrupulosos que querem, destruir o planeta para dominar outros, destruirão os outros e destruirão o universo.



sexta-feira, 2 de julho de 2010

PRINCÍPIOS...





BUSCAS


Algo ameaçador

Ao atento caçador

Que passa anos atrás das presas

Muitas delas tão indefesas

E nas trilhas da imensa floresta

Sabe o que ainda lhe resta

Algo entre a fome e a dor

Quando não se tem mais nada sobre as mesas

E quando a vida não mostra mais nada que presta

Há uma esperança

Uma livre lembrança

Que traz a simples vontade de mudar

Com algumas propostas à estudar

Tudo muda se você muda

E na verdade tudo é mais fácil quando se estuda

Sem nenhuma cobrança

Sem nenhuma coisa para se grudar

E para tudo, que Deus nos acuda.



PODERES...






AGNÓSTICO

O conhecimento e o consentimento
Obstáculo e o espetáculo
Nessa fase da vida me sinto um elemento
Sem contribuir para o cálculo do lucro
O lucro nos favorece, oferece
Tento fugir de mim
Tento não estragar o jardim
Faço assim pouco afim
O século vinte resiste e existe ainda em poucos lugares
Os luares do fim do século, veranico de maio
Aquela queda não estava no meu percurso
Eu vacilo, eu caio
O começo do começo das minhas primeiras décadas
Vinte e três de maio, um novo ensaio
Ordem e Progresso no Brasil
Assim fica fácil
Robotizando a mente
Robóticamente, mal do século
Resquícios dos séculos dezoito e dezenove
Os frutos de uma máquina enorme
Homem-máquina, gritos das fábricas
Enormes uniformes
Prisão domiciliar
O quase tão idolatrado dinheiro
Necessário, me tornarei Gregor Samsa
Revolução de indústrias assassinas
Revolução industrial do Mal
Morte provocada do Planeta
Estamos matando tudo, mataremos-nos
À nós mesmos acaba sendo normal
Olham por empáfia e paura
Que loucura, a história do mundo
Eu existo há seis milhões de anos
Humanos seres profanos
Religião para se auto-castigar
Devo continuar agora a escrever o outro livro.