BOM DIA MINHA !!!

PODRIDÃO

PODRIDÃO
Apenas o que fingimos não ser.

ESPERANÇAS DO PASSADO

Ação retrógrada,

Nada me agrada,

Caio no abismo levado pela avalanche

Que a este enche.

Junto com as distrações e enganos

Não posso mais confiar em mim,

Meus sentidos humanos.

Caio fora do planeta, mas nunca serei sol

Mato a barata com veneno aerosol

Para que? Para que estou escrevendo isso?

Liberdade de transcrever sem nenhum compromisso.

Nem a ciência sabe tudo

Por que eu deveria saber?

Sou o fim desta cadeia carbônica

Sou um selvagem na era eletrônica

Uma imagem que se desvanece

Quando perco o controle e você aparece

Sua face me sorrindo, ainda estou pedindo

Ao fim do que tudo foi um dia

Sou eu percebendo meu corpo caindo

De tantos tremores que pela madrugada podia

Estar sendo o fim do que algo foi há tempos atrás

Todos os nossos sentimentos contrários

Por todas as nossas precipitações

Agora já não é mais tão envolvente

Para explicar tudo isso com poucas citações

Que se concluem para agir como um solvente

De todos estes meus pensamentos insensatos.

Humanos são piores que insetos.



sábado, 24 de julho de 2010

REESCRITO.





Momentos raros...


Os dias que nos obrigam à consumir

Aos dias que não queremos mais dormir

E ficamos acordados para sempre

Já fiquei cinco dias sem dormir

Numa sentença insana e lúcida

Parecia que uma hora acabaria a vida

As coisas passavam como alucinação, assim posso resumir

É muito estranho, tão estranho como quando se dorme demais

Parece que nunca mais iria acordar, mas eu nem sabia que estava dormindo

O pesadelo, estava deficiente.

Aos deficientes físicos e mentais

De todo o mundo

Aos feios e estranhos, pessoas misturadas

Das nossas origens miscigenadas

E tão humildes

Lembro quando ela dançava no quintal

Passei por ali, lembrei do perfume dela e lembrei como era antes.

Os dias eram claros, com raios de sol enfeitando nosso caminho

Um carinho e a mão dela passeando

Fugi dali, era um sonho muito perfeito.

E o pesadelo que veio na seqüência me fez chorar

E como um rio, fez-se o leito

E uma corrente de lágrimas que não queria parar

Por sorte acordei e não estranhei

Todo aquele suor

Poderia ter sido pior

Mas a destruição foi total

Terremotos e tsunamis, furacões, tempestades e vulcões

Congestionamentos, questionamentos e muitos aborrecimentos

Conseqüências da modernidade sem limites

As tendências que impõem estas elites

Suas modas, suas vidas, suas roupas, suas vidas vestidas

Com trajes impróprios para pobres

Com os gestos e os gostos mais nobres

Fazem caridade

Fazem a maldade

Praticam esportes e falam das mortes

Que eles mesmos praticaram

Assassinos de índole perversa

Assassinos por acidente

Assassinos pelo ocidente

Desde a tenebrosa colonização

A colonização das elites européias

Nada disso, era uma necessidade de auto-afirmação

Era da modernidade por pura determinação

Da elite que governa e domina a crise interna

Da América Latina do Sul

E do Norte

Desejo sorte, já que um simples desejo gera morte

A colonização foi forte e dizimou culturas

Dissipou as origens, destruiu as virgens

Matas, índias, visões, intenções

Criou novas raças,

Acabou com as caças

Determinou uma nova maneira de viver

Os ensinou a escrever, suas línguas

Escravizou os sentimentos nativos

E os que manteve vivos

Deixou com muitas mágoas

Voraz usurpação das terras de América

Maldito Américo Vespúcio.

Aquele porco do Cristóvão Colombo, seu ovo e seu pombo

E aquela bichona do Álvares Cabral.

Começaram toda esta merda que está em fase de destruição total.

Mas também são responsáveis pela minha existência e minha lembrança

De quando ficava olhando, enquanto ela dançava no quintal.



Um comentário:

  1. Cara! Isso é demais!!!
    Sua mente comanda a sua mão que escreve quase que sem pensar, ao que parece.Gostei quando se refere aos invasores e descobridores...
    Gosto de ler você!
    Bjo

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