Méritos
Poses estranhas assumidas por pessoas normais
Posses normais assumidas por estranhos animais
Humanos e seus critérios
Fazem dos dias atuais uma sentença ilógica e ameaçadora
A caçadora de nossas vidas, da vida do mundo
Imundo, a palavra que não existe e não me serve
O que se escreve não pode ser dito, apenas lido e nunca repetido.
Somos as exigências que nunca foram feitas
Doses de um super elixir, a imortalidade dos nossos sonhos
As sentenças de um juiz cego, a justiça cega e os cegos injustiçados
Uma torre de lamentações e um lago de desejos
A mulher que me serve, o que se escreve é só por ela
Sempre para ela e mesmo nas trevas continuo a enxergar
Sinto seu perfume e deste final absurdo me torno imune
Intruso de minha própria ilusão, desilusão.
Já não me atrevo mais a escrever nem a ver isso tudo que não posso entender.
Quero apenas soletrar seus méritos e descrever as suas sensações, pois quando você sente eu sinto você.
Muralhas de nossos egos e os cegos continuam a lutar por justiça
O que vejo não almejo e o que escrevo eu não devo comentar
Me tornei tudo o que não queria ser e me auto desacreditei
Viverei para saborear o que não posso degustar.
Milhares de gostos improváveis e centenas de rostos decifráveis.