Desfilando pelas ruas, todos a olhavam admirados
Nossos egos e nossos medos foram desmascarados
Ela temia o fim de sua beleza, eu temia ficar sem natureza
Tudo era destruído pela cega ganância por riqueza
Ela cantava para mim e assim me acalmava
Eu a ouvia como se fosse uma sinfonia e assim a amava
Porém há incompatibilidade entre os sentimentos
Nossos encontros diminuíram e eu fiquei com os lamentos
Contatos físicos e os beijos clássicos não mais ocorriam
Deliciosa como uma fruta, estes gostos não mais sentiriam.
Nem sereias nem Iemanjás habitavam aquele mar
Só a escuridão e a solidão da maré e uma onda à quebrar
Sem harém, sem pomares, sem companhia, longe dos mares
Sou um oceano vazio e sem vida, sem navios
Um pássaro sem canto e sem asas, sem poder fugir dos dias frios
O solitário veleiro perdido na noite de tempestade
Um coração dilacerado, pulsando sem vontade.
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