BOM DIA MINHA !!!

PODRIDÃO

PODRIDÃO
Apenas o que fingimos não ser.

ESPERANÇAS DO PASSADO

Ação retrógrada,

Nada me agrada,

Caio no abismo levado pela avalanche

Que a este enche.

Junto com as distrações e enganos

Não posso mais confiar em mim,

Meus sentidos humanos.

Caio fora do planeta, mas nunca serei sol

Mato a barata com veneno aerosol

Para que? Para que estou escrevendo isso?

Liberdade de transcrever sem nenhum compromisso.

Nem a ciência sabe tudo

Por que eu deveria saber?

Sou o fim desta cadeia carbônica

Sou um selvagem na era eletrônica

Uma imagem que se desvanece

Quando perco o controle e você aparece

Sua face me sorrindo, ainda estou pedindo

Ao fim do que tudo foi um dia

Sou eu percebendo meu corpo caindo

De tantos tremores que pela madrugada podia

Estar sendo o fim do que algo foi há tempos atrás

Todos os nossos sentimentos contrários

Por todas as nossas precipitações

Agora já não é mais tão envolvente

Para explicar tudo isso com poucas citações

Que se concluem para agir como um solvente

De todos estes meus pensamentos insensatos.

Humanos são piores que insetos.



domingo, 25 de dezembro de 2011

Talking Heads - Wild, Wild Life












Selvagem Vida Selvagem



Eu estou vestindo
Pijamas de pele
Eu monto uma
Batata quente
Está titilando minha fantasia
Fale alto, eu não posso ouvir você!
Aqui neste topo da montanha
Oh oh
Eu ganhei alguma selvagem, vida selvagem.
Eu ganhei algo novo para contar
Oh oh
Sobre alguma selvagem, vida selvagem.
Aqui entra a doutora em ataque
Oh oh
Ela ganhou alguma selvagem, vida selvagem.
Não é do jeito que você gosta?
Oh oh
Vivendo uma selvagem, vida selvagem.
Eu luto
Com sua consciência
Você luta
Com seu parceiro
Sentando em uma soleira de janela, mas ele
Passa o tempo atrás de portas fechadas
Confirme Sr. Homem de Negócios
Oh oh
Ele comprou alguma selvagem, vida selvagem.
A caminho da bolsa de valores
Oh oh
Ele ganhou alguma selvagem, vida selvagem.
Se disperse quando ele abrir a porta
Oh oh
Ele está fazendo uma selvagem, vida selvagem.
Eu sei que esse é o jeito como você gosta disso
Oh oh
Vivendo uma selvagem, vida selvagem.
Paz da mente?
Pedaço de bolo!
Controle de pensamento!
Você ganha a bordo de qualquer hora que você gostar
Como sentando em alfinetes e agulhas
Coisas se quebram, isto é científico
Dormindo na interestadual
Oh oh
Ganhando uma selvagem, vida selvagem.
Confirmando, negando!
Oh oh
Eu ganhei uma selvagem, vida selvagem.
Gastando todo o meu dinheiro e tempo
Oh oh
Feito muito selvagem, selvagem.
Nós queremos ir, aonde nós vamos, aonde nós vamos?
Oh oh
Eu faço selvagem, selvagem.
Eu sei disso, é como nós começamos
Oh oh
Ganhando alguma selvagem, vida selvagem.
Tire uma foto, aqui na luz do dia,
Oh oh
E é uma selvagem, vida selvagem.
Você cresceu tão alto, você cresceu tão rápido
Oh oh
Selvagem, selvagem
Eu sei que isso é o modo como você gosta
Oh oh
Vivendo selvagem selvagem selvagem selvagem...





sábado, 17 de dezembro de 2011

Existência Arriscada









Me auto detonei sem pavio
Um enorme barril de pólvora
Molhada
Um barril de cachaça com quase 50 anos
Explodi para todos os lados
Expandi como uma supernova
Existi como tantos seres humanos
Esperando na certeza de que tudo se renova
Uma ova
Desovados cadáveres
Como lixo ou ferro velho
Somos a junção de todas as melhores qualidades dos mamíferos
Seres inconstantes em constante evolução
Ou seria mutação?




domingo, 11 de dezembro de 2011

PODRE-SP: Fios de Sentimento

PODRE-SP: Fios de Sentimento

Fios de Sentimento






Anamor

Hoje reencontrei virtualmente uma garota de dez anos atrás
Internet desperta sentimentos e isolamentos
Me perdia nas linhas que ela escrevia nas folhas das cartas
Ela me perseguiu em mente durante esta década
E com minha curiosidade idiota, revirei lembranças.

Poderia dizer algo para ela, mas tudo o que eu escrevi já foi
O que foi nunca volta, mas quando a vi, nem sei o que senti.
Foi anamor, o que sinto, é anamor.
Anamar, sem amor.

E nos meus sonhos eu ouvia aquela guitarra,
Qual é a graça em paz, amor e compreensão?





segunda-feira, 28 de novembro de 2011

PAVIMENTO









Disparates




Evoca e equivoca sua vida
Provoca e estoca pensamentos maliciosos
Ociosos, libidinosos e indecorosos.
Sublinha subliminares pensamentos sublimes
Em um sonho supostamente real
Atrai e distrai a forma como eu penso
Propenso a me perder por partes
Disparates!
Disparastes em mim um olhar magnético
E me tornei um ser tão cético em relação aos sentimentos
Detrimentos emocionais
Partituras com notas adicionais de uma música sem fim definido.





quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ocorrido

Só quero deixar registrado o furto do fusca 74 do meu padrasto.
Mais um fusca roubado, espero que seja recuperado.


Fusca 1974 cor Marrom (Ocre Marajó)
Placa COO 5739










domingo, 6 de novembro de 2011

NOVO EMBRIÃO






Esta fotografia resulta de um mosaico de 33 imagens obtidas por um telescópio no Arizona, EUA. As estrelas aqui retratadas têm cerca de 300 milhões de anos, sendo muito mais novas do que os 5.000 milhões de anos do nosso Sol. Legenda completa (em inglês).

Fonte: NASA






A solidão se compõe de sentimentos do abandono...

A carência é necessidade de companhia

Em um dia de sol, numa noite fria

Relâmpagos de existência na eterna velocidade da luz

Sem som a vida começou e com música ela termina

A silhueta de uma bela mulher, uma linda sombra

Na escuridão dos meus pensamentos

Momentos que se perdem no vácuo

A solidão de uma pequena estrela na imensidão de uma gigantesca galáxia.

Sol sem sistema solar

Sinfonias sem som no planeta Terra

Soldado sem sorte morre na guerra.





quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Conselhos...








Chorume


Anda tolo...

Estabelece metas, objetivos.

Preocupa-te.Enriquece...Viaja...Adquire...Faz planos.

Escarnecendo da tua futilidade,

A morte te espera,

Imparcial e prática.

De toda a vaidade...Dessa vidinha fugaz,

Só deixarás uma foto muda,

De onde, prisioneiro,

Contemplarás, com cara de idiota,

A quadra com número no cemitério.

Onde descansarás tua podridão.......

Anda tolo........................


Esta Poesia foi escrita por uma amiga poetisa em minha homenagem.

MARISTEL PARA PODRE

21/03/2010



quarta-feira, 5 de outubro de 2011

SOMA ERRADA










Elemento da Natureza

Sou um elemento da natureza
Minha terceira certeza
Distorcendo minha realidade
Distraído pela cidade
Com todas estas tolices
Sou o animal solitário das planícies
O ser que erra e erra
Caminhando no planeta Terra
Procurando se entender
Entender os outros
E a existência
O elemento mais raro do Universo
Uma palavra que não cabe no verso.
O elemento mais raro da Natureza
E a vida que se segue com a incerteza.
E se o fogo não me queima
A água não me molha
A terra me semeia
O ar me olha
A árvore e a folha
Um fruto que se colha
Para dividir com o mundo todo.






segunda-feira, 3 de outubro de 2011

PORTAS ABERTAS










AMASSO

Ameaçado pelo amasso
Amassado por ameaça
Me armo a cada passo
Participando desta caça

Amassar a massa
A massa amassada
Na lotação que passa
Um tanto apressada

Minha cabeça assa
E por onde eu passo
Mesmo que nada faça
Saio do compasso

Sonhos ultra realizáveis
Medidas razoáveis
Mas quando acordo
O travesseiro amassado
Me faz cair na realidade
Fria e solitária
Que cai como um fim de tarde
Um dia de inverno sem tempestade
Uma noite boa para dormir
Sem alguém para um amasso
Me contento com o fracasso
De não poder te dar um abraço
E só ter um travesseiro
Mas ainda existem
Aqueles que nem travesseiro têm.







quarta-feira, 28 de setembro de 2011

RAZÃO UNIVERSAL







Existência de Deus


Sou eu e aqui me reencontro,

Substituindo emoções por palavras

Escritas no papel.

Miragem da beleza que alucina com a imagem

Que nos obriga a aceitar e apreciar

Urinei sob a Lua cheia do verão tropical

Passei por ruas que escureceram minha mente

-K- motivos para tragédias onde morre tanta gente

Neste mundo insano, podre, decadente e sujo

Pelas avenidas iluminadas por onde eu fujo

Tanta depreciação e murmúrios abafados

Das bocas com mordaças e dos olhos vendados

Vendidos para o fim da nossa razão

Por onde nossos sentidos sofrem evasão

Sou um morto que ainda respira

Nessa realidade brutal que me inspira

Ando, escrevo e penso pela madrugada

Amanhece e padece pela vida com a pele enrugada

Pelo tempo que se aprendeu vivendo

Na escola, trabalhando, lendo ou escrevendo

Supera-se o nível do conhecimento

E Perde-se a força de um sentimento

Unirei a beleza da Lua e o calor do Sol

Para provar a existência de Deus

O brilho na escuridão, um buraco negro na claridade das estrelas,

Um ponto de luz no fim do túnel.

Sou o desastre do mundo

No lugar do oceano mais profundo

São as réplicas do que se pode consumir,

Estou no fim e acho que já é hora de dormir.







DESCANSE EM PAZ!!







Estou só escrevendo essa música em homenagem ao Redson, um dos maiores influenciadores, não só meu como de muitos jovens brasileiros.
Foram 30 anos de banda.



São Paulo

Cólera

Mais um outro dia em vão
Encostado na esquina
Vendo gente passar
Um cigarro pra fumar...
Numa noite muito fria
As sirenes a gritar
Violências nas esquinas
E barulho em todo lugar...
Ooh! Ooh! Ooh! Cidade!!!
Ooh! Ooh! Ooh! Cidade!!!
Mais um outro dia em vão
Encostado na estação
Vendo o ódio das pessoas
Toda hora brigão atoa...
A violência da polícia
Puta-merda que vergonha
Quando isso vai mudar
Puta-merda de lugar
Ooh! Ooh! Ooh! Cidade!!!
Ooh! OoH! Ooh! Cidade!!!
Quando isso vai mudar?
Puta merda de lugar...

domingo, 18 de setembro de 2011

Três Anos




Google Imagens




São Paulo, 4 de junho de 2008


Eis que estou com vinte e sete anos e vivo na cidade, seu ar é poluído, as árvores estão morrendo e as pessoas também. Resisto numa vida sem sentido, mas tenho que suportar esta pequena tormenta pois os dias clássicos virão.

Tenho idéias e vontades diferentes, a minha imaginação me satisfaz. Ao menos conheço o mundo e suas catastróficas cenas pelas imagens das telas. Sonho com todas as mulheres e não sonho com nenhuma, eu tenho todas e não possuo nenhuma, sou alvo das minhas idéias vãs. Fim dos tempos e novos ajustes o mundo se incomoda e ataca quem o agride.

Meu mundo em ruínas esperando tudo isso passar, elas pensam em mim, ela pensa e eu penso mais ainda. Estou zoado, mais zoado do que eu queria. E estou assim por que eu quis, eu fiz algo para estar assim, eu não fiz nada.

Não sou escritor, não sei escrever, ninguém virá a ler isso e eu preciso ler mais.

São dias de extrema sensação de problemas e a solução é mais simples do que parece.

Não sei de tudo o que acontece, eis o problema.

Não preciso saber tudo, esta é a solução.


Sem problemas, sem soluções para tantos problemas.

Aumentando a cada dia.

O que mais o aturdia era a vontade de voar.

Ganhar o pão, não quero pão.

Um espaço e faço algo para comer.

Um teatro da tragédia, a tragédia humana neste palco da vida.

Sou um ser otário copiando outros humanos e movido pela idiotice que me faz me auto destruir com tudo. O verdadeiro sentido da vida é viver e viver da melhor forma possível.

Tenho que estudar, tenho que me concentrar e decidir o que realmente quero.

Fui contaminado com o vírus da raiva canina do centro da cidade suja.

No fim da tarde, da passeata na América Latina, sou América Latina e pretendo conhecer toda a América do Sul.

Retardos mentais auto-conscientes e vidas mantidas por simples depreciação.

Veremos o que acontecerá, com o mundo, com os Nardoni, que na atualidade se encontram encarcerados enquanto aguardam o julgamento. Vários fatos medíocres estão acontecendo e nem compensa comentar. Me controlo de alguma forma mas esta forma não é a mais correta, acontecem fatos ridículos e um jogo da final no Morumbi. Estas palavras são vãs, é gol, é Corinthians e alguns fogos de artifício. Tudo conectado ao vivo, em tempo real.

É a modernidade ilusória, real e virtual, ritual de inverno, mas ainda é outono.

Com certeza critico e sou criticado. Escrevo tanta insensatez e nada aqui tem vez.

Espero escrever ainda este mês, dia dos desgraçados. Namorados e outro gol.

Penso em tudo e não penso em nada, não sei mais o que escrever neste início de madrugada. Noite terrível. Noite linda, a tempestade e a Lua.

Escrevo apenas sobre o que eu vejo na rua.


Trecho retirado do livro São Paulo - Diário Urbano

sábado, 17 de setembro de 2011

Borboletas Mortas






Asas Imóveis


Eis que saio deste casulo
Uma metamorfose mágica
Porém esta fase eu anulo
Vivendo uma realidade estática

A Borboleta que com uma deformidade nas asas
Não pode voar
As asas imóveis que impedem o voo
Voo sem acento
E a borboleta reluta para sair do chão
Poderia eu conceder a ela uma pequena ajuda?
Será que com um simples ato a coisa muda?
Não adiantou.
As asas imóveis não a deixam voar...
O defeito tira o efeito de funcionalidade daquelas lindas asas
Ao menos eu as contemplei e fotografei
O fato de não voar não tira a beleza das asas
Que mesmo imóveis voam na imensidão do meu pensamento
Recoberto de imaginação pela existência de um momento
A breve lembrança e a imagem eterna.
A beleza não se alterna,
Perpetua a vida por meio da sábia Natureza.



domingo, 11 de setembro de 2011

CU ltura Moderna







DOMESTICADO

A vida moderna e essa bagunça de parafernália eletrônica
Não passo roupa, nem lavo a louça, não uso loção pós-barba
Não tenho horários nem rotinas, apenas vícios
Só tenho a impressão que a qualquer hora isto acaba.
Não me sinto domesticado, selvagem enganado
A moderna doméstica vida, (F) utilidades domésticas, novidades cosméticas
Coisas para donas de casa, mas e se o dono da casa sou eu?
Quero voltar para a caverna e a fogueira, uma árvore ou uma clareira
Algo que me faça sentido para meus instintos
Sobrevivência natural, instinto primata
O ser mais civilizado é o que mais mata
E pela mata nativa raríssima remanescente e uma limpa nascente
Continuo minha vida, domesticado aos poucos e me tornando dependente
De futilidades modernas e de drogas baratas
De produtos falsificados e comidas em latas.






quarta-feira, 7 de setembro de 2011

INDEPENDÊNCIA E VIDA!!






Aproveitando o sete de setembro, vou postar o hino nacional em Tupi que eu acabei de encontrar.
Não sei se está correto, copiei da Wikipédia.



Hino Nacional Brasileiro (Em Língua tupi)

Primeira Parte

Embeyba Ypiranga sui, pitúua,
Ocendu kirimbáua sacemossú
Cuaracy picirungára, cendyua, Retama yuakaupé, berabussú.
Cepy quá iauessáua sui ramé, Itayiuá irumo, iraporepy,
Mumutara sáua, ne pyá upé, I manossáua oiko iané cepy.
Iassalssú ndê,
Oh moetéua Auê, Auê ! Brasil ker pi upé, cuaracyáua,
Caissú í saarússáua sui ouié, Marecê, ne yuakaupé, poranga.
Ocenipuca Curussa iepé ! Turussú reikô, ara rupí, teen,
Ndê poranga, i santáua, ticikyié Ndê cury quá mbaé-ussú omeen.
Yby moetéua, Ndê remundú, Reikô Brasil, Ndê, iyaissú !
Mira quá yuy sui sy catú,
Ndê, ixaissú, Brasil!



Segunda Parte


Ienotyua catú pupé reicô, Memê, paráteapú, quá ara upé,
Ndê recendy, potyr America sui.
I Cuaracy omucendy iané ! Inti orecó purangáua pyré
Ndê nhu soryssára omeen potyra pyré, ìCicué pyré orecó iané caaussúî.
Iané cicué, ìndê pyá upé, saissú pyréî.
Iassalsú ndê, Oh moetéua Auê, Auê !
Brasil, ndê pana iacy-tatá-uára Toicô rangáua quá caissú retê,
I quá-pana iakyra-tauá tonhee
Cuire catuana, ieorobiára kuecê.
Supí tacape repuama remé
Ne mira apgáua omaramunhã, Iamoetê ndê, inti iacekyé.
Yby moetéua, Ndê remundú, Reicô Brasil, Ndê, iyaissú !
Mira quá yuy sui sy catú, Ndê, ixaissú, Brasil!


sábado, 3 de setembro de 2011

PERDIDO








PROCEDO

Cedo procedo o enredo
Precedo o medo arredio
O hostil ser que sou
Sou eu, sou eles, sou o vazio.

Histórias que contam as trágicas consequências da produção
O bom empreendedor do lucro
O mal sucedido trabalhador
Valores de um pensamento que impera para a dominação.
Por mais desfrutada a liberdade, acabaremos presos em um caixão.
Quero ser sepultado dentro de uma árvore, ou em suas raízes.
Para que meu espírito habite nela.
Concedo o ledo medo de uma vida, lida em palavras tortuosas
Ações porosas de um pensamento inóspito
Aos meus sonhos repetidos
Eles me mostram sentimentos competidos
E nunca compartilhados.



sábado, 20 de agosto de 2011

Livre Vida






A gente paga tudo e somos oprimidos a todo momento.

Temos que obedecer um monte de regras bestas

E a liberdade da vontade não existe também.

Se quero atravessar a rua é uma merda, tenho que esperar um monte de carros passar

e isso já é algo terrível em questão de liberdade.

Você não pode atravessar a rua no momento que você quer,

tem que esperar ou morre.

E daí só piora,

essa planeta é uma jaula e não conheço nem 1% dele.


Comparados ao planeta somos menores que um átomo e minha equivalente humana está em outra

galáxia, será que existem humanos em outras galáxias?

Sou o fruto mal desenvolvido de uma árvore bem antiga.

Sou a nota em sustenido de uma velha cantiga.

Mesmo se fosse nada ainda seria algo, estilhaços do meu ego.

Minha vida é uma partitura com notas repetidas,

meu sentido é puro, mas o apuro conforme o tempo muda.




quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sinestesia imaginária







Sentimento Cimentado

Soberbos seres transitam com seus egos
Cegos caminham pela cidade ouvindo cada timbre de motor
Sem guia na guia e a calçada está cheia de gente e buracos
Macacos aglomerados em busca de dinheiro, gastando dinheiro e o dinheiro não existe.
Sentimentos concretos, cimentados sob uma lápide.


Literatura Virtual Suburbana
Em algum canto do mundo escrevo
Me atrevo a repassar idéias
Uma tarde que parecia Portinari Ao som de um violino desatinado ao desafino
Refino palavras para ter algum sentido
O calor de um dia de Inverno
Inferno urbano
Já não me sinto humano em meio a ferocidade desta era
Regenera a vida depois de tantas mortes
Natureza que me criou
Presos no planeta dos primatas ouço sonatas que me parecem tão tristes.
Por que escrever????



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

DECISÕES

Mar Morto





Cúmplices


A vida neste planeta e alguém lamenta a morte e a existência.

Tudo criado pelos ricos para subjugar os pobres

E os massacres da ganância são o resultado da miséria

A inteligência pronta para matar

As leis criadas por poucos para punir muitos

A lei que te garante, cometa um doloso, fuja do flagrante e responda em liberdade.

Liberdade é matar e morrer.

Todos estes massacres são o saldo da ignorância, e todos somos cúmplices

Sua morte pode ser sorte, e a vida sofrida dos povos sem condições de vida.

Vida sem vida. Cem vidas se perdem por dia em consequência da fome.

Sem nome pessoas nascem e morrem sem sabermos e somos cúmplices destas existências.


Extirpados da natureza perdemos instintos Animais famintos e a necessidade de criar A criação e a forma o sentir e o pensar Um sentimento gera o pensamento ou o pensamento produz sentimentos? Existe pensamento sem sentimento e sentimento impensado? Extirpado da minha mente um pensamento se perde como aquele sentimento extirpado do meu coração Sem ação sem pensamento O pensamento negativo, o não-pensar O sentimento vingativo, nunca vai compensar Extirpados da cultura perdemos sentimentos e os pensamentos sobre isso sempre vão passar.



terça-feira, 15 de março de 2011

FIM DO MUNDO






CÁRCERE DA LIBERDADE


Sentimentos indefesos, s.o.s para o bem;

Dias confusos da tal modernidade

Ruas repletas de máquinas e pessoas maquiadas,

Vivendo presos no cárcere da liberdade.

Suas metas incertas, discretas

Concretas formas sobre a mesa,

Nunca há surpresa, nem mensagens secretas

Habituados com a realidade da natureza.

Perdi os hábitos do ser e sou apenas hábitos ruins,

Misturando as piores possibilidades e se perdendo sem fins.


Tenho mais vícios que os mais impuros viciados

Sou um machado que estraçalha a madeira e corta a raiz

Minhas palavras são lançadas apenas com o idioma do meu país

A conseqüência de uma vida desregrada

A evidente perda de juízo, nos troncos onde enraízo, tenho razão

Sou apenas um parasita.

Tenho vontades que nem eu sei quais são, como alguém poderia realizá-las?

Sou um conjunto de coisas que não combinam, sou aquele que todos abominam e meus olhos se perdem no escuro de um mar. Mar de estrelas, a nossa certeza de insignificância, nossa infância recordada com retratos e relatos.

Faz um tempo que eu parei de pensar, penso um tempo em que parei.

Parei o tempo e pensei: o que farei?

Não tenho mais sentimentos, distribuí todos como meus últimos cigarros.

As luzes dos carros me cegam e as pessoas na calçada me erram, com receio de eu poder mordê-las.

Sou o animal acuado dentro da floresta em chamas, o último pensamento quando se sabe que vai morrer.

Sem ter para onde correr...

Sinto apenas o que eu nunca senti. Não sinto nada e desta vida faço a esplanada dos meus incertos pensamentos.



quinta-feira, 10 de março de 2011

BRASIL 2011







Subúrbio Literário


Desencadeando pensamentos monótonos que me fazem digitar as palavras,

Doses de tempo em tempo me fazem ficar

Sons que me atravessam e a TV só mostra o mal

Poucas cenas sensatas e imagens que mostram a vida e não o artificial criado

E idolatrado pelos homens e por sua sede de lucro.

Isolado como um átomo, vivendo como um animal. Pensamento raso e a inspiração

Que sufoca, nesta Oca, minha cabeça oca e meus ventrículos duros.

Neurônios morrem, a música se repete como marteladas na minha cabeça de prego.

O martelo sonoro da mediocridade que destrói as mentes, o povo com fome e sem tempo

Se rende ao noticiário que parece o obituário do jornal de guerra.

Planeta Terra nos perdoe, na insignificância gananciosa, a raça humana já conseguiu afetar o Universo.

Com seus satélites e lixos espaciais, já poluem até o espaço.

Deuses ou alienígenas conseguirão nos deter?

Destruímos em menos de dois séculos quase metade do planeta, que demorou

Bilhões de anos para nos criar.

Se alguém conseguir achar isso daqui centenas de anos, saberá que a culpa sempre e será

Da maravilhosa raça humana, com sua inteligência insana de criar para destruir.

Funcionando estaticamente, jazemos em estatísticas. Fazemos dos nossos prazeres os resultados de tantas logísticas, mensagens místicas de quem tenta interpretar as estrelas, as luzes do passado que nunca conheceremos, sutis mentes, momentos que suprem egos e por vezes nos encontramos cegos diante as vontades que nunca são saciadas, as vidas programadas para logo terem fim. Ciclos naturais e as tempestades emocionais que coordenam a razão humana, sem razão estamos acabando com tudo, com a simples desculpa de começar algo novo, esquecendo o que sofre o povo e ajudando no aumento das fortunas daqueles que já têm muito.


ESTE É O SEU INTUITO?





DOIS TEMPOS...







Biosfera

Me perdi em meio aos meios mais passíveis de destruição, a condição moderna quase inorgânica, modificada quimicamente por vontade própria.

Sou a era mais nefasta da história, uma espécie de novo ser, sem saber ser o que era.]

Itaquera nos protege, o herege interrogativo, nativo de uma terra roubada, povos massacrados e enganados. Orwell e o grande irmão, a verdade contida em outro livro qualquer, esquecida pela modernidade que havia sido anunciada, esta seria a última cena de um episódio, vista em uma tela de plasma.



Sensor térmico


Derretendo no calor de um verão conturbado,

Vivendo no sujo mundo enfumaçado, sem controle, controlado.

Controle remoto do ego, um cão guia o cego em meio à multidão indiferente.

Carentes de alguma forma, de algo, de nada, de tudo, carentes do entendimento,

De um sentimento que nos faça ter atitudes, ações.

Carência de emoções, falta de contatos epidérmicos, sem vontade e sem sentido,

Perdemos nosso sensor térmico.

Seu calor me aquece, mas seu coração é frio.

Na verdade esse coração é meu. Não derrete nem aquece.





Cópia.



São Paulo, 08/03/2011

Me atrapalha e me insulta, abrupta ação dominante. Seduz e confunde, afunde meus pensamentos entre seu ventre. Perpetuamos nossa espécie, trocando fluídos, instinto, sede, líquidos... Eu ainda tenho o cheiro da minha placenta, uma criatura isenta de qualquer sentido. Um dia acaba e me arrependo de ter mentido. Sufoca e abrange, range seu interior, pronto para gerar outro ser. Mas não é meu ser, nunca serei.