BOM DIA MINHA !!!

PODRIDÃO

PODRIDÃO
Apenas o que fingimos não ser.

ESPERANÇAS DO PASSADO

Ação retrógrada,

Nada me agrada,

Caio no abismo levado pela avalanche

Que a este enche.

Junto com as distrações e enganos

Não posso mais confiar em mim,

Meus sentidos humanos.

Caio fora do planeta, mas nunca serei sol

Mato a barata com veneno aerosol

Para que? Para que estou escrevendo isso?

Liberdade de transcrever sem nenhum compromisso.

Nem a ciência sabe tudo

Por que eu deveria saber?

Sou o fim desta cadeia carbônica

Sou um selvagem na era eletrônica

Uma imagem que se desvanece

Quando perco o controle e você aparece

Sua face me sorrindo, ainda estou pedindo

Ao fim do que tudo foi um dia

Sou eu percebendo meu corpo caindo

De tantos tremores que pela madrugada podia

Estar sendo o fim do que algo foi há tempos atrás

Todos os nossos sentimentos contrários

Por todas as nossas precipitações

Agora já não é mais tão envolvente

Para explicar tudo isso com poucas citações

Que se concluem para agir como um solvente

De todos estes meus pensamentos insensatos.

Humanos são piores que insetos.



domingo, 18 de setembro de 2011

Três Anos




Google Imagens




São Paulo, 4 de junho de 2008


Eis que estou com vinte e sete anos e vivo na cidade, seu ar é poluído, as árvores estão morrendo e as pessoas também. Resisto numa vida sem sentido, mas tenho que suportar esta pequena tormenta pois os dias clássicos virão.

Tenho idéias e vontades diferentes, a minha imaginação me satisfaz. Ao menos conheço o mundo e suas catastróficas cenas pelas imagens das telas. Sonho com todas as mulheres e não sonho com nenhuma, eu tenho todas e não possuo nenhuma, sou alvo das minhas idéias vãs. Fim dos tempos e novos ajustes o mundo se incomoda e ataca quem o agride.

Meu mundo em ruínas esperando tudo isso passar, elas pensam em mim, ela pensa e eu penso mais ainda. Estou zoado, mais zoado do que eu queria. E estou assim por que eu quis, eu fiz algo para estar assim, eu não fiz nada.

Não sou escritor, não sei escrever, ninguém virá a ler isso e eu preciso ler mais.

São dias de extrema sensação de problemas e a solução é mais simples do que parece.

Não sei de tudo o que acontece, eis o problema.

Não preciso saber tudo, esta é a solução.


Sem problemas, sem soluções para tantos problemas.

Aumentando a cada dia.

O que mais o aturdia era a vontade de voar.

Ganhar o pão, não quero pão.

Um espaço e faço algo para comer.

Um teatro da tragédia, a tragédia humana neste palco da vida.

Sou um ser otário copiando outros humanos e movido pela idiotice que me faz me auto destruir com tudo. O verdadeiro sentido da vida é viver e viver da melhor forma possível.

Tenho que estudar, tenho que me concentrar e decidir o que realmente quero.

Fui contaminado com o vírus da raiva canina do centro da cidade suja.

No fim da tarde, da passeata na América Latina, sou América Latina e pretendo conhecer toda a América do Sul.

Retardos mentais auto-conscientes e vidas mantidas por simples depreciação.

Veremos o que acontecerá, com o mundo, com os Nardoni, que na atualidade se encontram encarcerados enquanto aguardam o julgamento. Vários fatos medíocres estão acontecendo e nem compensa comentar. Me controlo de alguma forma mas esta forma não é a mais correta, acontecem fatos ridículos e um jogo da final no Morumbi. Estas palavras são vãs, é gol, é Corinthians e alguns fogos de artifício. Tudo conectado ao vivo, em tempo real.

É a modernidade ilusória, real e virtual, ritual de inverno, mas ainda é outono.

Com certeza critico e sou criticado. Escrevo tanta insensatez e nada aqui tem vez.

Espero escrever ainda este mês, dia dos desgraçados. Namorados e outro gol.

Penso em tudo e não penso em nada, não sei mais o que escrever neste início de madrugada. Noite terrível. Noite linda, a tempestade e a Lua.

Escrevo apenas sobre o que eu vejo na rua.


Trecho retirado do livro São Paulo - Diário Urbano

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