Sou um eterno domingo.
Um mendigo, andarilho, fora do trilho, um pródigo filho.
Mas sou um humano, com poucos sentimentos, oxidando com o tempo.
Entorpecido e mutagênico com produtos químicos industrializados, os males dos séculos vigésimos.
Caíram por terra teorias idiotas sobre tudo. O universo desconhecido, assim como Deus.
O desconhecido na sarjeta, o Deus indivíduo, o indivíduo endividado.
Não sei nada, ainda bem, e o pouco que sei já me fode, me acode, só pagode nessas ruas suburbanas. Um ritmo cretino importado dos EUA e trazido do Rio de Janeiro, as ruas sugerem o fim das nossas mais medíocres ações. Ou a sua totalidade. Tenho a gata entre os braços e digito com quatro dedos na metade da vigésima segunda hora no vigésimo primeiro século da era moderna encerro este escrito na cidade e faço deste emaranhado de letras uma incrível baderna.
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