BOM DIA MINHA !!!

PODRIDÃO

PODRIDÃO
Apenas o que fingimos não ser.

ESPERANÇAS DO PASSADO

Ação retrógrada,

Nada me agrada,

Caio no abismo levado pela avalanche

Que a este enche.

Junto com as distrações e enganos

Não posso mais confiar em mim,

Meus sentidos humanos.

Caio fora do planeta, mas nunca serei sol

Mato a barata com veneno aerosol

Para que? Para que estou escrevendo isso?

Liberdade de transcrever sem nenhum compromisso.

Nem a ciência sabe tudo

Por que eu deveria saber?

Sou o fim desta cadeia carbônica

Sou um selvagem na era eletrônica

Uma imagem que se desvanece

Quando perco o controle e você aparece

Sua face me sorrindo, ainda estou pedindo

Ao fim do que tudo foi um dia

Sou eu percebendo meu corpo caindo

De tantos tremores que pela madrugada podia

Estar sendo o fim do que algo foi há tempos atrás

Todos os nossos sentimentos contrários

Por todas as nossas precipitações

Agora já não é mais tão envolvente

Para explicar tudo isso com poucas citações

Que se concluem para agir como um solvente

De todos estes meus pensamentos insensatos.

Humanos são piores que insetos.



terça-feira, 27 de julho de 2010

Dois anos no passado - dois anos no futuro - 2




São Paulo, 27 de julho de 2008.


As coisas estão bem e estou numa fase de reconciliação.

Hoje de manhã caminhei na praia e passeei pelas trilhas de asfalto que cortam o que ainda resta da mata atlântica paulista. Vi a avenida paulista e lembro do trânsito das seis da tarde no sentido Consolação. Me perdi na Consolação e fui parar na Augusta, desci e avistei a biblioteca Mário de Andrade. Conheci a cidade e suas ruas, suas esquinas e seus nomes que de desconhecidos são muito populares. Tudo estava em seu respectivo lugar. Cada lâmpada do Teatro Municipal, a tarde e o viaduto principal, a noite e o metrô lotado, eu estava anotado, e as cenas se desbotavam em cores que eu não tinha nunca visto. Cores estelares.

Dias ensolarados e o atlântico compondo a sinfonia das ondas e ondas de rádio e TV na noite. Uma manhã de sol e corpos na areia, sereias de todas as idades, as cidades litorâneas são as melhores, sou diferente, fora de padrões e entendo que posso mudar, quero mudar e tenho que agir para mudar.

Os lances mais diversos acontecem e as coisas são prazerosas, mas as rosas têm espinho e a rosa negra me habita o pensamento, um sentimento de desejo e vontade de amar e viver.

Sem espinhos a rosa se torna um pouco fraca.

Sem pétalas vai perdendo a beleza e aos poucos murcha e morre.

Sem água, sem ar, numa redoma de vidro, hermeticamente fechada.

As rosas devem ter seu tempo, ficam nos jardins, florescem na primavera, se recobram no verão, não germinam no inverno e vão definhando no outono, secando.

Flores são flores e árvores, as árvores somos nós.

O mar, e uma deusa, se tirar um e, um i e um l, fica deusa, a natureza e as cenas naturais do mundo.

Contundo e afundo os pés na areia, meus dias ensolarados na paisagem litorânea.

E os dias se tornam meus momentos em lembranças que quando surgem me fazem sorrir.

Escrevo pouco por que dormi demais e a gata está me confrontando, parei de escrever.


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