São Paulo, 27 de julho de 2008.
As coisas estão bem e estou numa fase de reconciliação.
Hoje de manhã caminhei na praia e passeei pelas trilhas de asfalto que cortam o que ainda resta da mata atlântica paulista. Vi a avenida paulista e lembro do trânsito das seis da tarde no sentido Consolação. Me perdi na Consolação e fui parar na Augusta, desci e avistei a biblioteca Mário de Andrade. Conheci a cidade e suas ruas, suas esquinas e seus nomes que de desconhecidos são muito populares. Tudo estava em seu respectivo lugar. Cada lâmpada do Teatro Municipal, a tarde e o viaduto principal, a noite e o metrô lotado, eu estava anotado, e as cenas se desbotavam em cores que eu não tinha nunca visto. Cores estelares.
Dias ensolarados e o atlântico compondo a sinfonia das ondas e ondas de rádio e TV na noite. Uma manhã de sol e corpos na areia, sereias de todas as idades, as cidades litorâneas são as melhores, sou diferente, fora de padrões e entendo que posso mudar, quero mudar e tenho que agir para mudar.
Os lances mais diversos acontecem e as coisas são prazerosas, mas as rosas têm espinho e a rosa negra me habita o pensamento, um sentimento de desejo e vontade de amar e viver.
Sem espinhos a rosa se torna um pouco fraca.
Sem pétalas vai perdendo a beleza e aos poucos murcha e morre.
Sem água, sem ar, numa redoma de vidro, hermeticamente fechada.
As rosas devem ter seu tempo, ficam nos jardins, florescem na primavera, se recobram no verão, não germinam no inverno e vão definhando no outono, secando.
Flores são flores e árvores, as árvores somos nós.
O mar, e uma deusa, se tirar um e, um i e um l, fica deusa, a natureza e as cenas naturais do mundo.
Contundo e afundo os pés na areia, meus dias ensolarados na paisagem litorânea.
E os dias se tornam meus momentos em lembranças que quando surgem me fazem sorrir.
Escrevo pouco por que dormi demais e a gata está me confrontando, parei de escrever.
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