São coisas que nem consigo pensar, tudo para melhorar
Nunca vai melhorar, se não melhorar
Morrendo como as flores no inverno.
O acaso se faz imperfeito e o destino se antecede ao inverso.
Meu caso de vida é a morte, adoro escrever sobre ela, adoro sentí-la em meu coração.
O último verso e fez-se um universo escrito.
Descrito, palavras que narram a realidade, a fatalidade e o medo de existir nas ruas. Os facões mutilaram os índios, açoitaram os negros e devastaram a floresta. Os braços armados seriam os prenúncios na tal Revolução Industrial, com suas máquinas ferrou o mundo e o tornou quase inabitável, superlotado e poluído. E veio a dona morte e a derrubou.
Sabem de uma coisa? Lógico que não.
Vocês não sabem nada.
Nem sempre é uma bala. Um facão ou um trator.
Pode ser uma ponte, um pau, uma pedra.
A água, a terra, o muro, o poste.
A morte vem que vem. A vida vem que vem, mas parece que a morte está mais a milhão. E se ela não vem de fora, ela vem de dentro.
A morte sempre aparecendo. Escrevo, esqueço e não aconteço.
O que eu ia escrever não tem nada a ver com isso.
Esqueço tudo mas uma hora eu lembro, nem que seja em novembro.
A rua me suja, a rua me insulta, a rua transpira entre toda a sujeira a sutileza daquela linda dama, maravilhosa, a melhor. Eu a quero para mim, mas nem sei quem ela é. Outra hora a verei. O mundo, na verdade, o bairro. O bairro é imprevisível, meu bairro, meu mundo, meu mundinho, lastimável. Meu passatempo é a tela e o teclado, o poltronão onde estou sentado, engordando a cada dia.
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