PODRIDÃO
ESPERANÇAS DO PASSADO
Ação retrógrada,
Nada me agrada,
Caio no abismo levado pela avalanche
Que a este enche.
Junto com as distrações e enganos
Não posso mais confiar em mim,
Meus sentidos humanos.
Caio fora do planeta, mas nunca serei sol
Mato a barata com veneno aerosol
Para que? Para que estou escrevendo isso?
Liberdade de transcrever sem nenhum compromisso.
Nem a ciência sabe tudo
Por que eu deveria saber?
Sou o fim desta cadeia carbônica
Sou um selvagem na era eletrônica
Uma imagem que se desvanece
Quando perco o controle e você aparece
Sua face me sorrindo, ainda estou pedindo
Ao fim do que tudo foi um dia
Sou eu percebendo meu corpo caindo
De tantos tremores que pela madrugada podia
Estar sendo o fim do que algo foi há tempos atrás
Todos os nossos sentimentos contrários
Por todas as nossas precipitações
Agora já não é mais tão envolvente
Para explicar tudo isso com poucas citações
Que se concluem para agir como um solvente
De todos estes meus pensamentos insensatos.
Humanos são piores que insetos.
terça-feira, 17 de dezembro de 2019
Natal Virtual
O Mundo de MQ.
Existem mais de 70 mil terminações nervosas nos pés
E você diz que a água salgada do mar vai curar as dores que você sente
Enquanto o que me preocupa mesmo é o seu estado de espírito
As pessoas, todas elas estão se preparando para alguma coisa
Os americanos se preparam para um grande ataque terrorista que já aconteceu
No continente antártico um padre russo se prepara para a volta de jesus
No espaço entidades cósmicas esperam a explosão que dará origem a próxima supernova
No Brasil as garotas se preparam para o verão e tomam água de coco
Na Síria um menino mentiroso chamado Jeremiah espera uma sopa quente de repolho num acampamento em Damasco
No final das contas as pessoas não estão se preparando de verdade, elas só querem que qualquer coisa aconteça
Eu quero te preparar pra leitura do poema,
Se sentir triste em algum ponto da leitura
Quero que imagine que se esse poema fosse uma música
o tom seria ré
O ré é o leite condensado das notas
Eu nunca comi nada que tivesse leite condensado e fiquei triste
Não vale pensar em cozinha moderna ou molecular!
Eu nunca fui boa de metáforas, conceitos subjetivos e sentimentos aproximados
E embora a sua existência em mim seja tão óbvia, falar sobre ela não é tão simples assim
Você está no meu som preferido - o trote do cavalo nas ruas de pedra
No cheiro do jornal novinho que eu vendo toda quarta feira
Na textura das rendas que minha avó fazia
Na pinta que se revela na nuca da criança quando já cansada e suada de tanto brincar vem pedindo pra mãe prender o cabelo.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Pessoa Especial
(Fonte da imagem: https://br.freepik.com)
Amor à primeira poesia
terça-feira, 1 de janeiro de 2019
Renovação...
A Primeira Chuva do Ano
Depois do lixo e das bombas
Novos acontecimentos
A primeira música do dia
A primeira chuva do ano
Ao som de uma bela sinfonia
Com o prazer de uma companhia
Ouço a chuva caindo e as notas subindo
Violinos e pianos
Pianos e violinos
O ano começa com novidades
Em um falso clima de festa
A chuva vem pra renovar
E levar o que ainda resta
Estamos esperando por algo
Mesmo que seja leviano
Ao som da chuva e de Vivaldi
Escrevo a primeira poesia do ano.