BOM DIA MINHA !!!

PODRIDÃO

PODRIDÃO
Apenas o que fingimos não ser.

ESPERANÇAS DO PASSADO

Ação retrógrada,

Nada me agrada,

Caio no abismo levado pela avalanche

Que a este enche.

Junto com as distrações e enganos

Não posso mais confiar em mim,

Meus sentidos humanos.

Caio fora do planeta, mas nunca serei sol

Mato a barata com veneno aerosol

Para que? Para que estou escrevendo isso?

Liberdade de transcrever sem nenhum compromisso.

Nem a ciência sabe tudo

Por que eu deveria saber?

Sou o fim desta cadeia carbônica

Sou um selvagem na era eletrônica

Uma imagem que se desvanece

Quando perco o controle e você aparece

Sua face me sorrindo, ainda estou pedindo

Ao fim do que tudo foi um dia

Sou eu percebendo meu corpo caindo

De tantos tremores que pela madrugada podia

Estar sendo o fim do que algo foi há tempos atrás

Todos os nossos sentimentos contrários

Por todas as nossas precipitações

Agora já não é mais tão envolvente

Para explicar tudo isso com poucas citações

Que se concluem para agir como um solvente

De todos estes meus pensamentos insensatos.

Humanos são piores que insetos.



domingo, 22 de abril de 2012

Subvida








Me concentro no dia tomando cachaça

Na madrugada enquanto o coletor de lixo passa

Andando pelas ruas da cidade

Estranho me sentia

Não sou do centro, sou da periferia.

Mas o centro está à 25 minutos daqui

Vou em um imenso gaiolão de aço móvel

Sou um operário, sou um vigia, sou um gari

O desconforto do trem ou perder tempo dentro de um automóvel?

Andando pelas ruas da periferia do bairro

Bairro de periferia, preferia o carro.

As pessoas também passam apressadas

Vão correndo para suas casas, cansadas

O bairro já era centro, centro residencial

O centro era a periferia, interferia na cidade

Sem o centro não haveria, a periferia

Mas hoje o centro não é nada sem a periferia na verdade

Os centros são movidos pelas periferias

As massas das periferias, as massas que lotam os centros

Os trens lotados, ônibus lotados

Carros parados.

Motos em disparada, motos paradas, motociclistas acidentados.

Esta é a grande confusão da cidade grande

Centro e periferia, correria, correria

Periferia e centro, fora e dentro

Dentro e fora, da periferia.

Andando pelo centro da cidade e na periferia

Estranho proferia

Palavras de descontentamento

Estranho me sentia, sentia todos

Eu era todos e não era nenhum

Preferia todas as mulheres

Eu olhava, o centro da cidade, calamidade

Via a periferia e sentia, me referia

Sempre à mesma coisa

Os grandes centros das cidades do mundo

E suas enormes periferias, perfeitas

Quanta gente correndo, quanta gente morrendo

A engrenagem desta máquina social,

Parecia a periferia se tornando essencial.

Na história das cidades,

Contando histórias e mostrando verdades.

Por isso gosto das cidades,

Andando pelas ruas do centro, nasci no centro

Vivi na periferia,

Estranho me sentia,

Mesmo nascido no centro, sou da periferia.

Não sou do centro, sou da periferia.

Subúrbio e Periferia, o centro é o núcleo da periferia suburbana.



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