TERRA....

PLANETA !!

POR ISSO ESCREVO?

Escrevo em palavras, não devo nada e tudo está acontecendo ao meu redor.

Indícios de intransigência

E tanta falta de inteligência

E pensar e o não pensar, será que existe realmente alguém que não pensa?

O que pensar e o que não pensar.

O que guardar e o que dispensar.

Tão próximo e tão longe, me retomo ao século vinte.

Nem tudo o que penso escrevo e por conseguinte

Penso em milhares de coisas mais e de pensar tanto, penso demais.

Nasci após as Guerras e algumas das maiores tragédias,

Mas conheci tudo através dos livros e da tele-tela

Vi as revoluções no extinto vídeo cassete, vi morrer o Atari e o Nintendo, escutei as vozes do século na antiguíssima vitrola

E vi serem dizimadas as fitas, que coisas mais sem sentido.

Mas foram fatos reais, quem viveu entenderá, as coisas ficaram para sempre gravadas na Internet?

Muitas pessoas e coisas conhecidas, admiradas e esquecidas

Que hoje nos passam desapercebidas

Mas por alguns ainda são lembradas.

As vítimas da fome e da guerra, das armas e testes nucleares

De tantos conflitos e tragédias e de obras tão renomadas.

Não me lembro de tudo e no descaso da pressa,

Vou deixar para escrever mais na próxima remessa.

BRASIL 510 ANOS

Incerteza

Meus pulsos sentem as palavras saírem

Meus nervos, até contraírem

Serão navalhas incandescentes

Descrentes do ato escrito, sentes

Sintas, penses e escrevas

Escreva por escrever

O que vai fazer

O que a droga pode fazer

O que o mundo fará daqui meus quinhentos anos

Meu centenário, minha estátua de bronze.

Seremos novos e velhos, sempre estudados

Livros e poesias, os escritos editados

Resistência ao tempo

Luís de Camões

Quinhentos e dez anos

Escritos insanos

E o relato histórico

O tema, a falsa descoberta e o gênero folclórico

Foram os dias do início do fim.

Parece que tudo é tão distante...

Praia do Cedro - Ubatuba

METRÓPOLE

Escrevo simplesmente por ser um idiota.

Escrever é divertido.

Tudo bem.

Sou analfabeto e podre.

Marcas registradas®.

Sou o podrinho dos teclados.

Por que Podre?

Podre cidadão. Sociedade do Lixo, quanto mais luxo mais lixo.

Quanto mais miséria, mais lixo, nós fabricamos o lixo, e o lixo vai para os que usam o lixo para trocar por centavos e trocar por mais lixo.

Lixo, drogas, luxúria e morte. A sujeira da mente humana, quem a criou e o que ela pode criar. Pode criar quem a criou e ser criatura de si mesma ou qualquer criatura que quiser.

É um lugar imenso em um espaço pequeno.

Minha mente é o mundo, são todos os povos e todos os animais, todos que dão suas vidas pelas vidas de outros. Esse mundo é louco.

E se for o único é a coisa mais incrível dentro do Universo. Estamos presos no planeta mais lindo do Universo.

É um verso incorrigível. O Universo intangível.

Essas redes de informação e sinais, os satélites e essa era, por que tive que existir logo nestes séculos?

Tenho centenas de coisas para escrever, mas me perco e perco tudo.

O Midas da pedra. Tudo que encosta vira pedra.

Temo por tudo, temo por nada. Viajo no tempo, sou todo o tempo, eu sou eu por si só.

Não sou assim. Sumo e apareço e nada aconteço. ]

Assim vou, assim volto.

Máquinas orgânicas. As mais esplêndidas máquinas orgânicas do Universo...

Fêmeas humanas. Adoro as mulheres e as árvores.

Por todos os favores, muito Obrigado.

Obrigado não, agradecido.

Agradeço a Deus por tudo e por todos.

Pela chuva e Pela rua. Pelas belas, pelas simples e singelas, pela beleza, a verdade e a natureza.

Pelos povos que ainda resistem, pelas espécies que ainda resistem, ameaçadas de extinção.

A bondade e o Sol. A liberdade e a Lua.

Ao prazer e a dor, que nos ensinam e ajudam a viver.

A era virtual nos torna diferentes. Somos tudo e não somos nada, somos internautas farsantes, atores virtuais, a mente transformada em máquina mecânica. Eletrônica.

Era da eletrônica.

Despretenso...

D do Demon.

Dez entre cada dez pessoas querem um litro de dinheiro.

Dinheiro por quilo, vale quanto pesa,

Poema do dinheiro sujo, mãos calejadas, rostos suados.

Dinheiro suado, dinheiro problema e dinheiro por todos os lados.

Dinheiro roubado, falsificado e a bunda não pára, por simples dinheiro.

Dinheiro a solução e como diz o poema, dinheiro soluciona problemas com a matemática das cifras e cifrões, fórmulas inadequadas para menores de dezoito anos.

Dinheiro compra tudo.

Reais, papel moeda e papel numerado, colorido e numerado para ser usado como meio de troca por tudo o que você quiser consumir, já que não produz, só consome e esta é a receita do capitalismo com a retenção e monopólio dos meios de produção a que tudo privatiza, monopoliza, obriga e escraviza a consumir, futilidades e drogas, trocadas por papel ilícito, lícito, limpo, sujo, notas que carregam as impressões digitais de centenas de mãos, dinheiro que circula e carrega centenas de histórias de vidas.

FATO DO PORTUGUÊS: A frase: ´´ Só me dará prazer ´´, ao contrário vira: Rezar para demos.

OCASO.

A madrugada passa meio obscura e silenciosa, uma dama graciosa que ativa meus desejos.

Ensejos de noites vulgares, o cantar dos galos, dos quero-queros e dos bem-te-vis, o raiar do dia, a fome, o sono, a morte, energias esgotadas e um dia perdido, nem tanto, apenas mal aproveitado, a madrugada se passa lentamente e a vontade iminente de tê-la sempre comigo. Revi uns amigos legais e aumentei mais o meu estoque de loucura. Noite obscura no cerne de Itaquera, estou em Itaquera em plena era moderna, o computador escreve o que eu digito e as palavras parecem não ter mais sentido, novamente a gata me atrapalha e eu não consigo mais escrever.

Enfim, ao fim da madrugada, desejo a todos um ótimo fim de noite.

Boa noite.

CRIANÇA DE DOMINGO

Dia da Semana, Dia da Mariana.

Escrevi tantas bobagens nos dias anteriores,

Relatos inusitados, tantas tragédias e dores.

A história caótica da vida breve de um palito de fósforo.

Ás 11 e 11 do dia onze do onze. Estamos próximos ao ano 11.

Dois mil e onze, onze dias, doze noites, todos os dias e todas as noites.

Mil e onze noites.

Ainda faltam 4. Sete e quatro onze.

Ela apareceu uma vez, hoje ela faz anos.

Fazem anos que não a vejo, cortejo sua pessoa.

Sei que sua presença é uma coisa boa.

Passei horas pensando em nada.

Me perdi com a idéia errada, sobre tudo o que sou.

Não sou nada.

Escrevo para ela com vontade de mordê-la.

A televisão me indigna e me engana.

Ouço passos e me escondo, nem sei por que estou escrevendo.

Passo por onde não devia e corro na frente do guia

Está tudo perdido, nada foi encontrado.

Tudo se encontra com o dinheiro.

Se encontra dinheiro na rua, muita sorte.

Se perde as coisas na rua, se encontra a morte,

Pelas vidas que se foram sem explicação.

Por uma cabeça, por uma vida, por um coração.

Dois anos no passado - dois anos no futuro.

São Paulo, 4 de junho de 2008

Não sou escritor, não sei escrever, ninguém virá a ler isso e eu preciso ler mais.

São dias de extrema sensação de problemas e a solução é mais simples do que parece.

Não sei de tudo o que acontece, eis o problema.

Não preciso saber tudo, esta é a solução.

Sem problemas, sem soluções para tantos problemas.

Aumentando a cada dia.

O que mais o aturdia era a vontade de voar.

Ganhar o pão, não quero pão.

Um espaço e faço algo para comer.

Um teatro da tragédia, a tragédia humana neste palco da vida.

Sou um ser otário copiando outros humanos e movido pela idiotice que me faz me auto destruir com tudo. O verdadeiro sentido da vida é viver e viver da melhor forma possível.

Tenho que estudar, tenho que me concentrar e decidir o que realmente quero.

Fui contaminado com o vírus da raiva canina do centro da cidade suja.

No fim da tarde, da passeata na América Latina, sou América Latina e pretendo conhecer toda a América do Sul.

Retardos mentais auto-conscientes e vidas mantidas por simples depreciação.

NÃO LI, MAS QUEM LEU NÃO GOSTOU.

Sou um selvagem do bravo mundo novo.

Só faço o que não preciso fazer e o que devo fazer eu não faço.

Poema

de uma rima só.

Não tem problema, só tem um verso este poema.

São Paulo, cidade bairro.

Me desperto, me entendo não entendendo nada.

Quanto tempo sem escrever, digitar. Coisas que não posso me contentar.

Abre-se então o poema abscesso; obsceno o acesso aos links digitais.

Vírus da pornografia...

Ensandecido

Em sã emoção decido, em sã consciência, decido

Ensandecido pelos alforges das ruas

O lixo que pode te dominar e abstrair,

Ensandecido pelas ruas, louco sem ser merecido.

O que tem sido, ensandecido nas loucuras do próprio ambiente.

Consciente, em são juízo, conciso e preciso.

Perdeu a noção e se rendeu ao devaneio falsificado de uma mórbida embriaguez

Suspeito de tudo não fazendo nada, perdido e merecido.

Ensandecido em sã dramatização de egos e fatos, olfatos e cegos

Meus dias viram noites repetitivas, intuitivas e nativas, narrativas.

Meus perdões não se tornarão sinceros e meros atributos.

Faça-se a sua sentença de vida, de morte, sem sorte na corrida.

Perdi meus joelhos, andando por onde não deveria andar.

Os dias se passavam sempre no mesmo lugar, corpos vazios a vagar.

Amargar, amargas vidas e dias corridos e mal vividos.

Existir por existir, existir sem existir.

Madrugada tensa e chega a primeira hora do primeiro dia de setembro.

Não lembro, mas cenas se repetiam e no acesso eu decido,

Ensandecido em excesso pela noite ele se entedia.

O dia e a noite ao inverso e o verso se fazia merecido.

DEDICO AOS QUE SE FORAM PARA OUTRO LUGAR...

SEM TEMPO

M DE MUNDO.

Estes dados estão sendo gravados da mesma forma confusa como foram escritos.

Eu já cansei de ser prisioneiro deste bairro, desta rua.

Esta cidade não pode me deter. Ela quer me controlar.

A cidade não me deixa sair e por mais que eu tente, ela sempre me faz voltar.

Cenas de amor e ódio.

Pelas músicas, pelas mulheres e pelas melhores coisas.

O mundo é belo, o medo é feio.

O mel é doce, a merda é merda;

A maravilha nos encanta, a maldade nos assola.

A mulher pari, a morte leva.

A maçã é deliciosa, o mar é salgado.

O matrimônio une, o meretrício separa.

Está no meio do começo, no começo do meio, e na ponta do fim.

A letra m, reúne uma saga de palavras fortes.

M de Mariana.

M de Maria.

M de Marcela.

Mamão, maçã e manga.

Morango, melão e mexirica;

As melhores frutas com m, a maryjane e o melhor é o m.

O melhor começa com m.

Melhor começa com m e o fim acaba com m.

Viva M.

Michele, Manuela, Márcia e Mônica.

As coisas ruins com m também são cabulosas, mas ao menos o pior começa com P.

Silhuetas....

Hoje me encontro com a minha própria falsidade, tudo o que acontece não me parece de verdade.

Ela parecia mais linda ainda.

Ela parecia mais ainda, sob as luzes da avenida.

Fiquei impressionadíssimo, ela é muito linda, que menina.

Fiz uma loucura por ela, acho que ela merece. Nem sei o que fiz.

Parece que está tudo bem. Parece que algo vai mal.

Não parece nada.

Ela apareceu, ou eu apareci para ela?

Quero que as coisas se tornem mais reais, as tragédias em Santa Catarina já são demais.

Índia, Iraque, Tailândia, Brasil, todos estamos enterrando mortos no final deste ano.

Que coisa mais louca. Vida e morte.

A garoa não para e a noite de um novo dia quase em sua primeira hora. Agora.

Me detenho em escrever, estou esperando para ver.

Vê-la novamente. Quero ver se ela aparece de novo.

Estou louco para ver. Adorei, obrigado Meu Deus, por aqueles minutos mágicos.

Um Free e um cartão.

Que esse dia seja um dia melhor que esse dia.

A madrugada começava com a lembrança latente dela.

Que corpinho, que sorriso lindo.

Que face enigmática, e seus quadris me hipnotizavam.

Pezinhos de anjo. Anjinha que me esperava na esquina.

Mas na virada da esquina eu encontrei uma menina toda linda, então eu falei.

Como uma cobra ela mordeu meu coração e o veneno envenenou a escuridão.

Mas nossos filhos serão mutantes, queria tudo como era antes.

O sol nunca mais vai brilhar, aqui dentro do abrigo nuclear...

Boa noite aos que dormem.

EM OUTRA DIREÇÃO...

Sonhos Humanos

Escrevo de manhã, quase sob o sol do meio-dia

Um dia diferente, sexta-feira de outono

Os pássaros orquestravam uma bela melodia

E a calma prevalecia com o movimento em abandono

Um velho índio peruano tocando sua flauta

Emanava um som muito suave a atraente,

Mas as notícias ainda eram com a tragédia em pauta

E as pessoas morriam de seis em seis em vários acidentes.

Nada se diferenciava na verdade,

Eram os epílogos dos escritos de manhã

Tudo parecia estar em perfeita ordem

Como a praia está para a areia

Um dia passado à beira do belo mar

Meu desejo era sentir seu corpo perfumar

Meus sonhos, coloridos com seu canto de sereia

Aos nativos de todo o antigo Atlântico

Gerações e gerações passadas como um tênue cântico

A maioria das pessoas encontravam-se desesperadas

Não sei se eram elas ou eu, as cenas recuperadas

Mostravam a Desilusão dos Sonhos Humanos

E a realização dos sonhos de alguns Cubanos

Canções de ninar e estrelas em pleno dia

Sol de quarenta graus numa noite estrelada

E Que coisa intrigante e engraçada

Lembranças claras de uma madrugada

Escura

Pensamentos soturnos numa linda manhã

Clara

Algo de extraordinário me levou ao calendário

Era dia de você sentir um novo dia,

Reproduzí-la em pensamento era a única coisa que eu podia.

Desconexo

A sociedade brasileira está culturalmente em decadência e os fatos mostram que a cada dia mais as coisas pioram. O mundo está num processo de enfraquecimento e o esquecimento do que é vital e certo. Dependeremos de muitas novas idéias e ações ecológicas para reverter um pouco esta situação e fico pensando se estivéssemos em mil e oitocentos como seria, o que eu estaria fazendo sem este computador e sem estas bugigangas tecnológicas e as invenções elétricas, bem como a nossa preciosa energia elétrica que tantas pessoas no século 21 ainda não têm acesso.

Imenso Sanatório

Um momento que chegou para mudar

Um ensinamento que temos que estudar

Tantas penas e centenas de mortes

Por dezenas de cenas sem cortes

Que na íntegra revelam a insanidade humana

E a impune tragédia desta semana

A vontade de se fazer justiça

E a indignação do povo que atiça

Novas formas de violência

Com a razão quase sempre em ausência

Penitência de uma devota de tantos anos

Pedindo perdão pelas más ações dos humanos

O que criamos neste imenso sanatório

Se onde acabaremos é no crematório

Não posso apagar as lembranças da memória

Uma mal escrita e sangrenta história

A história do Brasil e um milhão de índios mortos

A dominação territorial e a construção dos portos

O Pindorama transformado num jardim europeu

E a insensatez e a destruição atingiram seu apogeu

O paraíso perdido, a novidade atlântica e a terra maravilhosa

Era para ser o palco de uma história vergonhosa

A instituição do Brasil de Vera Cruz, o país dos mil povos

A criação de uma nova cultura e de seres novos

A mistura que ainda não deu certo

De alcançar a excelência estamos quase perto

Um povo que andou por quarenta anos no deserto...

ENGANO.

Não vi nada.

Passei pelas ruas e me descuidei.

Me descuidava, sub-pop punk junkie sem nada.

Ação ineficaz, inerte.

Cálculos de centenas de idéias mal pensadas, tidas e repetidas.

Caí e me perdi, perdi a chave de casa.

Derretidas e pervertidas.

Suas mãos passam do limite.

Suas mães são nossas mães.

Tenho medo do pensar humano. Animal insano, pensa para caçar.

Casas e casais.

Suas mentes passam do limite.

Sua mente e os pensamentos que omite.

O ser humano.

Não ser humano. Insano.

Inumano. O mano, Hermano.

OS NOSSOS NOVOS DEVANEIOS

Dez para a meia-noite

As horas se acabam

As vidas se acabam

Minha garganta seca

Secas e enchentes

Que matam gentes

A televisão me engana

A maioria das pessoas

Se engana, a gana, em Gana e muita cana

Os rios, os mares e os grandes lagos

Os curandeiros, feiticeiros e magos

O Planeta Terra foi escolhido, nem ferrando é de verdade.

Doem meus órgãos.

Doem sangue, digam a verdade.

A ira da mentira, um golpe que se desfira contra qualquer ser.

Energia pura e as árvores, verdes e vivas.

Narcóticos e elementos exóticos, as cenas de vidro me fazem querer morrer.

Para viver preciso de um copo de água.

Para morrer não precisa de nada.

Para nascer necessita de algo?

Vou morrer em dúvida; vou me perder na vida, a ida perdida.

Vou partir em seguida, a Guida e a perseguida.

Todas as cenas que vêm em seguida.

E as vidas...

UM DIA ESCRITO NO PASSADO...

São Paulo, 03 de novembro de 2008.


Até o fim do mundo.
Desde o primeiro fruto até o final produto.
O fim da humanidade.
Os escritos ficarão após tudo.
Transcederão o tempo e a vida humana, talvez até a vida do planeta.
Escritos mortos-vivos.
Tão mortos e tão vivos. A arte escrita, pintada e musicada.
Fotos e escritos, que registram fatos.
O ambiente, o oriente e o uso da mente. Mundo ascendente, novo descendente.
Estou louco com tudo isso, mudo e confuso.
Calos e calúnias. A moda e a televisão, a internet e a alienação em massa.
Controle celular, unicelular.
Multicelular, células e cédulas que formam a realidade nefasta.
Tudo se consome e se desgasta, some e afasta.
Já basta!! Só quero uma gostosa sem prosa, propostas indecentes,
Mundos decadentes e ascendentes, transcendentes.
As imagens que dominam nossas mentes.
Seres dementes, demônios sem mentes.
Sementes do mal, sementes do bem, sementes e mentes também.
As coisas acontecem não sei ao certo como deveriam, mas continuam acontecendo e não param. Acompanharei tudo até o fim da vida, e escreverei tudo,
Até o fim dos dias, até o fim do mundo.

A Madrugada Fria e a Solidão Paulistana

Sem Nome


Faz mais de uma semana,
Não há relatos dos fatos.
Ocorridos e já esquecidos
Me encontro procurando um sentido
Procuro encontrar sem medo
Alguém para me apegar, confiar
E poder me apartar dos conflitos.

Fatos e conflitos, técnicas da realidade
Medos e sentidos, formando personalidade
Meus pensamentos não possuem sentimentos,
Nem revolta, nem coragem,
Sem amor, sem viagem.

Minha mente produz perfeitamente os sons que eu curto,
Escuto, cultuo o culto.
Mente perfeita produzindo sua imagem,
A mulher clássica, me pedindo, me desmontando,
Criando uma vertigem.
Asco de pensar e não realizar,
Vontade de amar e não chorar.
Preciso de um impulso mental,
Um choque para me fazer perceber o real.

Sua vontade não é a mesma que a minha,
Liberdade não é relacionada com amor
Felicidade é o limite daquela linha,
Que faz fronteira com o medo e a dor.

COMEÇO...

Este é o começo desta síntese virtual
O caminho mal percorrido e o plano mal traçado.

Eu engano a mim mesmo, mas não me sinto enganado.




Intenso Anseio

Hoje sou um ser diferente
Em meio ao caos ardente
Deste inferno que chama cidade
Quanta miséria e modernidade
A inteligência é valorizada
Apenas pela forma como é usada
E as mentes mais brilhantes
Controlam guerras incessantes
No litoral ou na caatinga
A Natureza sempre se vinga
Com a feroz sabedoria
De quem sabe resistir
Somos a idéia viva
Vontade de sentir o gosto da saliva
Que enche a boca rapidamente
Quero experimentar novamente
O gosto do corpo mais atraente
Pele escura que clareia minha mente
Te desejo com vontade
Em seu seio a metade
Do meu intenso anseio
E na outra parte
Está seu perfume
Quero me tornar imune
Da vontade como arte
De apenas desenhar você
Em sonhos coloridos
De tornar estas palavras
Momentos reais
Para te sentir e saciar desejos iguais.

Corpos iguais se atraem?

PODRINHO

Até hoje eu não li o Caleidoscópio

Computadores desvirtuando
Retrocesso Tecnológico
Protótipos do Novo Milênio
E nenhum projeto ecológico
Tecnologia que cura serve para matar
Super comunicação e tanto lixo para catar
Reciclagem; só se for do cérebro!!
Alumínio e Silício quase eternos
Líquidos metálicos em tom quase rubro
O reciclo para o papel higiênico e as folhas de cadernos
Evolução e o excesso de informação
Revolução, o acesso à automação
O atavismo presente na humanidade
Só relembra os traços tiranos.
De tantos povos que queriam supremacia
Organizando impérios e excluindo humanos
Monopolizarão a água, com sua estrutura decadente
Nunca conhecerão o real sentido de vida desta raça proeminente
Com todas as estratégias de guerrear pelo poder
Dentro dessa bola de poeira um dia irão se arrepender
E quando nos transformarmos em restos e pó
Poderemos sentir o vento nos levar pelo ar
E entrar nos pulmões dos fascistas sem dó
Infectando com a simplicidade que quero conquistar
Esse mundo complicado me taxa de desequilibrado
Mostro e mando alguns entenderem o valor trocado
Destas imposições que regram nossas vidas sob clausura
Modernidade comunicativa na cidade onde ninguém conversa
Aprecio o descaso e a hipocrisia numa complexa estrutura
Onde a vontade de acumular ninguém despreza.

JOGO DE INTERESSES

Jogo de Interesses

Valores distorcidos

Corpos caídos

O mal neste mundo foi estabelecido

Mais uma de tantas e tantas armadilhas,

Neste intenso e ilusório jogo de interesses

Onde todos somos apostadores que só ganham migalhas,

Aqui poder e status são os únicos motivos de nossas preces.

No mundo do plástico colorido

(Percebo) Nossos corpos sem sentido

Mas sempre que se perde a fé na natureza humana,

Acontece alguma coisa para restaurá-la.

Ou nos conformamos e vivemos

Para esses, para esses,

Novos inventos e sentimentos

Criados neste maldito e podre

Jogo de Interesses.

Onde os que jogam, julgam

E possuem múltiplas faces

Para poderem enganar,

Neste mortal, individual e abominável

Jogo de interesses.

São as regras deste jogo de interesses.